
"Um trabalho de perseveran�a e determina��o." Assim a delegada Marcela Ehler, da Pol�cia Civil do Rio Grande do Sul, explicou o esclarecimento do assassinato do empres�rio mineiro Samuel Ebert Melo, de 41 anos, cujo corpo foi resgatado no �ltimo domingo (11/6), enterrado num terreno pedregoso, no litoral norte do Rio Grande do Sul, pr�ximo a Santo Ant�nio da Patrulha. Dois suspeitos est�o presos, um deles, o ga�cho que era parceiro comercial do mineiro.
Samuel estava desaparecido desde o �ltimo dia 2, quando chegou ao Rio Grande do Sul, para cobrar uma d�vida de envio de 44 ve�culos a um parceiro comercial ga�cho. No mesmo dia, teve um encontro com o homem, o que � confirmado por imagens.
O mineiro, segundo a delegada, chegou �quele estado no dia 1º, hospedando-se num hotel, em Novo Hamburgo. Sua reserva era at� o domingo, dia 4 de junho.
Na sexta-feira, 2 de junho, fez o �ltimo contato com familiares, por volta de 13h30. Depois disso, n�o mais se teve not�cias dele, o que fez com que a fam�lia acionasse a pol�cia ga�cha, que descobriu que Samuel teria viajado para o litoral norte do estado.
"Ele veio ao Rio Grande do Sul para tentar receber o pagamento de uma remessa de 44 ve�culos. Essa foi a segunda remessa. A primeira, tinha 25 ve�culos, ele recebeu o dinheiro devido. Mas, nessa segunda, n�o houve o repasse financeiro combinado", conta a delegada. E este teria sido o motivo da viagem. Samuel esperava conseguir receber o dinheiro.
A partir da queixa, a pol�cia procurou pelo parceiro comercial de Samuel. "Ele prestou depoimento, mas suas declara��es n�o eram consistentes. Passamos ent�o a suspeitar desse homem", conta a delegada Marcela.
Foi determinante, segundo ela, fazer o rastreamento do sinal telef�nico da v�tima. Esse levantamento apontou os �ltimos lugares aos quais Samuel teria estado, isso, em Santo Ant�nio da Patrulha.
A pol�cia obteve informa��es de que um homem teria sido levado para uma casa abandonada. A delegada Marcela determinou, ent�o, que todas as resid�ncias que estivessem abandonadas ou vazias, fossem vasculhadas.
Foi assim que a Pol�cia Civil ga�cha encontrou, numa delas, uma das �ltimas, um �culos que pertenceria a Samuel. Nessa mesma casa, foram encontrados restos de lona de caminh�o, o que fez com fosse levantada a suspeita de que o mineiro j� estaria morto e tenha sido enrolado para ser enterrado.
A isso se aliou a descoberta de que o parceiro comercial de Samuel teria comprado duas p�s e uma enxada, numa loja de material de constru��o.
Com a ajuda de c�es farejadores, a partir dos �culos, os animais encontraram o local onde o corpo estaria enterrado. "� um local de dif�cil acesso, muito pedregoso, que deve ter exigido muito dos assassinos", diz a delegada.
No domingo, o corpo foi desenterrado. Parentes de Samuel fizeram o reconhecimento do cad�ver, que foi levado para o Instituto M�dico Legal (IML), do Rio Grande do Sul,sendo liberado na manh� desta segunda-feira.
Os dois suspeitos j� est�o presos. A pol�cia investiga se h� outros envolvidos.