
Depois de opera��o deflagrada nesta semana pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), o presidente da Santa Casa de Juiz de Fora, Renato Vilella Loures, foi afastado do cargo. As investiga��es come�aram a partir de den�ncias de favorecimentos pessoais e desvio de recursos p�blicos e privados da �rea de sa�de.
A opera��o No Mercy aponta desvios milion�rios de recursos p�blicos e/ou particulares, o que motivou a decis�o do juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Juiz de Fora, Daniel R�che da Mota, em atendimento ao pedido do MP. O ex secret�rio-geral do hospital, o padre Jos� Leles da Silva, agora assume a dire��o geral da institui��o.
Do suposto esquema de corrup��o envolvendo a constrata��o das empresas Imaginai - Arquitetura e Urbanismo Ltda. e IMMA Desenhos de Arquitetura Ltda. (hoje IMMA Design de Interiores Ltda.), tamb�m participam, al�m de Renato Loures, sua filha Moema Falci Loures, seu genro F�bio Gon�alves Cardoso e a arquiteta Nath�lia Pereira Reis Pinto, todos na lista dos investigados. Verbas do hospital teraim sido dispostas para servi�os de arquitetura e design de interiores sem que outros profissionais fossem chamados para cota��o.
Os mandados de busca e apreens�o foram cumpridos em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, e no Rio de Janeiro. A opera��o tamb�m estabeleceu afastamento de cargos e empregos, sequestro de im�veis e indisponibilidade de bens que somam mais de R$ 8,6 milh�es.
Est� apurado que as empresas foram abertas recentemente e n�o havia s�cios, experi�ncia ou forma��o em arquitetura hospitalar na hora da contrata��o. Mais que isso, entre 2012 e 2013, a sede das companhias constavam como no mesmo endere�o de moradia de Renato Loures.
A contrata��o da filha e do genro do agora ex-presidente da Santa Casa, segundo a investiga��o, chega ao valor de R$ 1.447.805, o que, atualizado por corre��o monet�ria e juros legais at� mar�o desse ano, alcan�a R$ 3.177.650,68.
A institui��o de sa�de teria firmado ainda contratos com a empresa de arquitetura desde 2012, por um valor mensal de R$ 7 mil, que seriam direcionados a "suporte de eventuais projetos" e "acompanhamento das obras j� finalizadas", o que, para o MP, n�o se justifica.
De acordo com o texto da a��o cautelar, Renato Loures e Moema Falci Loures confirmaram que "a contrata��o gen�rica � vigente e a empresa Imaginal continua a ser remunerada em 2023", mas o �rg�o considera temer�ria a manuten��o da ativa��o do contrato para suporte de eventuais projetos se observada a condi��o econ�mica da Santa Casa.
J� a arquiteta Nath�lia Pereira Reis Pinto seria funcion�ria da empresa, e ganhava, entre o fim de 2013 at� meados de 2019, um sal�rio m�nimo, antes de ser contratada no hospital para receber sete sal�rios m�nimos - ela agora est� afastada do cargo, cumprindo solicita��o do MP.
Em nota, o hospital informou que colabora com as investiga��es e que "isso seguir� sendo feito, mantendo a postura de transpar�ncia que sempre foi adotada pelo hospital e sua diretoria."