
Este � s� mais um cap�tulo da rela��o conturbada entre Stephanie e o ex-companheiro. Ela conta que viveu um relacionamento abusivo por seis anos e quando decidiu se separar, em 2019, o homem a amea�ou. Segundo a microempreendedora, o ex-companheiro teria dito que faria de tudo para tirar a guarda do menino das m�os dela. Ela tem medida protetiva contra ele.
Em agosto de 2021, o homem entrou com um processo pedindo a guarda da crian�a, mas teria dado � justi�a um endere�o no qual Stephanie n�o morava mais. Com isso, ela n�o foi citada para comparecer �s audi�ncias do processo. Al�m disso, a microempreendedora estava de mudan�a para Goi�nia e alega que a justi�a sabia da transfer�ncia.
Por�m, em dezembro do mesmo ano, a justi�a determinou que a guarda do menino deveria ser do pai. Mesmo sem poder dar a sua vers�o dos fatos, ela disse que entregou o menino aos cuidados do pai. Como n�o morava mais em Belo Horizonte conversava com o filho por videochamadas, mas disse que o menino era vigiado de perto pelo pai.
Av�s pedem direito a visita��o
Morando em outro estado, Stephanie conta que seus pais decidiram entrar com um pedido para ter direito a visitar o neto. Em abril deste ano, a justi�a determinou que eles poderiam visitar o menino aos domingos de 15 em 15 dias. Por�m, de acordo com a microempreendedora, os av�s s� conseguiram pegar o menino na primeira vez. Nas demais, foi preciso acionar a pol�cia para conseguir ver o neto.
Mas, na manh� de ontem, n�o havia ningu�m na resid�ncia. Os av�s tentaram contato por telefone com o pai e familiares paternos e ningu�m atendeu. Eles decidiram acionar a Pol�cia Militar e registraram um boletim de ocorr�ncia, mas at� agora n�o sabem do paradeiro da crian�a nem dos respons�veis legais por ela.
Agress�o e antecedentes criminais
A m�e denuncia que em abril deste ano, o menino foi agredido pela madrasta. Ele teria sido espancado com uma colher de pau. A crian�a contou o ocorrido na escola e a diretora fez a den�ncia no Conselho Tutelar. Stephanie diz que no documento, o pai alega que n�o sabia das agress�es.
Por causa do ocorrido, ele perdeu a guarda do menino que passou para a av� paterna. A justi�a tamb�m determinou uma medida protetiva impedindo a madrasta de se aproximar da crian�a.
A microempreendedora conta ainda que o ex-companheiro responde a, pelo menos, 22 processos na justi�a, entre eles pelos crimes de estelionato e falsidade ideol�gica. "Ele descumpre as medidas 'a torto e a direito' e nada acontece. Eu nunca me senti acolhida pela justi�a", desabafa.
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) para saber o motivo da m�e nunca ter sido ouvida no processo que transferiu a guarda para o pai, al�m de por que os av�s maternos n�o puderam ficar com a mesma ap�s a agress�o que o menino sofreu. Por�m, at� a publica��o desta mat�ria, o TJMG n�o respondeu aos questionamentos.
A Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) tamb�m foi questionada sobre o paradeiro da crian�a. Em nota, a PCMG informou que tomou conhecimento do ocorrido e apura os fatos.
A reportagem tentou contato ainda com a av� paterna da crian�a, que det�m a guarda. Por�m, o telefone dela est� desligado. A advogada do pai, J�ssica Lage Alves, tamb�m foi procurada e tamb�m n�o atendeu. Stephanie diz que, desde ontem, tenta contato com v�rios familiares do ex-companheiro, mas todos os telefones est�o desligados.