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Estado de Minas RADIOATIVIDADE

C�sio-137: relembre acidente nuclear de mais de 30 anos atr�s em Goi�nia

O fato ocorreu em 13 de setembro de 1987, quando dois catadores de materiais recicl�veis encontraram o elemento qu�mico em uma m�quina de radioterapia


05/07/2023 14:33 - atualizado 05/07/2023 14:33
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Imagem de um cientista trabalhando
Ao todo, estima-se que mais de 112 mil pessoas foram expostas aos efeitos do C�sio-137, em Goi�nia (foto: Reprodu��o/Freepik)
O sumi�o das duas c�psulas de C�sio-137 de uma mineradora de Nazareno, na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, trouxe � tona outro acidente relacionado com materiais radioativos, ocorrido em Goi�s, h� 35 anos. 

Em 13 de setembro de 1987, em Goi�nia, dois catadores de materiais recicl�veis encontraram C�sio-137 de uma m�quina de radioterapia que estava localizada no Instituto Goiano de Radioterapia.

O material foi levado pelos catadores para casa e teve algumas partes retiradas. O resto foi vendido por eles para um ferro-velho, cujo propriet�rio se chamava Devair Ferreira. Sem saber do que se tratava, Ferreira desmontou a m�quina em busca de reaproveitar o chumbo, material bastante comercializ�vel.

Nesse momento, cerca de 19 gramas de cloreto C�sio-137 ficaram expostos ao ambiente. Um p� branco que emitia uma luz em tons azulados quando estava no escuro chamou a aten��o da vizinhan�a e foi exibido durante quatro dias. Inclusive, algumas pessoas levaram amostras do material radioativo para a casa.

Como se espalhou


O C�sio-137, aos poucos, foi se espalhando por uma �rea ainda maior devido ao fato de que parte do equipamento foi revendido a outro ferro velho. Com essa disper��o, n�o demorou muito para as pessoas apresentarem os primeiros sintomas ap�s ficaram expostas aos altos n�veis de radia��o.

Diarr�ia, n�useas, tonturas e v�mitos foram amplamente constatados e diagnosticados pelos m�dicos em hospitais da cidade. Ap�s 16 dias do fato, parte da m�quina foi levada � Vigil�ncia Sanit�ria e se confirmou que os sintomas se tratavam de uma contamina��o radioativa.

A contamina��o matou quatro pessoas. As primeiras mortes aconteceram na fam�lia do dono do ferro velho. A mulher dele, Maria Gabriela, morreu no dia 23 de outubro 1987 e a sobrinha, Leide das Neves Ferreira, de 6 anos, morreu horas depois da tia. A garotinha foi a v�tima que apresentou maior quantidade de radia��o pois ingeriu pequenas por��es de C�sio depois de brincar com o material radioativo.

Outros 49 pacientes v�timas da exposi��o de C�sio-137 foram levadas para o Hospital Naval Marc�lio Dias, no Rio de Janeiro. O hospital � refer�ncia no tratamento de v�timas de acidentes radioativos, em que 21 pacientes passaram por tratamento intensivo. Foram confirmadas quatro mortes. Ao todo, estima-se que mais de 112 mil pessoas foram expostas aos efeitos do C�sio-137 em Goi�nia.


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