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Estado de Minas AMEA�A

Crime de tortura via internet � esclarecido e pol�cia apreende adolescente

Jovem de BH, de 16 anos, era integrante do Discord; plataforma � usada para amea�ar v�timas e praticar crimes como viol�ncia psicol�gica e sexual


14/07/2023 09:20 - atualizado 14/07/2023 14:00
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O delegado Ângelo Ramalho explica a apuração do crime cibernético, ao lado do sub-inspetor Marcelo Assunção (E), do delegado chefe do Crimes Cibernéticos, Adriano Assunção, da delegada Cristina Angelini e do inspetor Leonardo Fraga
O delegado �ngelo Ramalho explica a apura��o do crime cibern�tico, ao lado do sub-inspetor Marcelo Assun��o (E), do delegado chefe do Crimes Cibern�ticos, Adriano Assun��o, da delegada Cristina Angelini e do inspetor Leonardo Fraga (foto: Jair Amaral)

Uma investiga��o da Delegacia de Crimes Cibern�ticos da Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) resultou na apreens�o de um adolescente, de 16 anos, em Belo Horizonte, na �ltima quarta-feira (12/07) durante a opera��o Disc�rdia. O caso, apresentado nesta sexta-feira (14/07), serve de alerta para pais e respons�veis.

De acordo com a pol�cia, o adolescete apreendido era usu�rios do Discord. A plataforma possibilita pr�ticas ilegais como ataques a pessoas vulner�veis, autoles�o, al�m da pr�tica de atos libidinosos, viol�ncia psicol�gica, viol�ncia sexual e at� mesmo o suic�dio.

Segundo os delegados Adriano Assun��o, �ngelo Ramalho e Cristina Angelini, trata-se de uma sala privada de internet que pertencia ao sistema dark, mas ganhou a internet convencional.

“Os integrantes de um grupo que comanda a plataforma Discord usam salas de joguinhos para escolher suas v�timas, quase sempre  adolescentes. � um f�rum de conversa��o. Depois de entrar nessa �rea, o participante � convidado para uma 'panela fechada'. A�, come�a o crime”, explica o delegado �ngelo.


Os policiais chegaram ao adolescente apreendido a partir de uma den�ncia recebida por meio da Pol�cia Federal. “Existe uma fiscaliza��o feita nos EUA que detectou o Discord e passou a informa��o para a Pol�cia Federal, que nos repassou”, conta.

De posse da den�ncia, os policiais foram at� a casa do adolescente e recolheram seu computador, mas segundo o delegado �ngelo, o jovem estava preparado para o caso de ser flagrado. “Ele tinha apagado todos os programas, fotos, v�deos. S� que na internet nada fica escondido”, esclareceu.

 

Apreendido, o adolescente acabou contando sobre o funcionamento do grupo e admitiu que integrantes da plataforma tamb�m fazem apologia ao nazismo e � misoginia. 

V�tima e amea�as 


No caso investigado que culminou na apreens�o do menor de BH, a v�tima, segundo o delegado �ngelo, foi amea�ada de ter fotos suas divulgadas na internet e passou ent�o a acatar as ordem que lhe eram dadas na “panela secreta”. O comando era do adolescente, de 16 anos, apreendido.


“A v�tima, que � menor de idade e de outro estado, sofreu uma tortura de cerca de uma hora. Por exemplo, ela foi instru�da a raspar a sombrancelha, praticar atos libidinosos com seu cachorro, depois urinar no animal, pegar um canivete e escrever o nome do grupo na pele e ainda enfiar uma faca na vagina” , detalhou o delegado �ngelo Ramalho.

 

Diante do caso, o integrante da Delegacia de Crimes Cibern�ticos da Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) que participou da apreens�o do menor, confessou ter se assustado ao conversar com o adolescente “Ele foi trazido para a delegacia em um carro em que eu estava. Fiquei surpreso ao perguntar para ele se n�o ficava constrangido com os pedidos que fazia � v�tima e as cenas que assistia. Ele respondeu que pra ele n�o significava nada e que n�o o afetava em nada. Fiquei assustado”, lembrou. 

Alerta


O delegado �ngelo faz um alerta para os pais sobre a import�ncia de acompanhar o que os filhos andam consumindo na internet. “No caso desse adolescente, ele n�o frequentava mais a escola. A m�e, que � trabalhadora, acreditava que ele estava estudando remotamente e contou que o filho n�o sa�a do quarto. Para ela, o filho estava livre de certas influ�ncias, como das drogas. Ela n�o tinha ideia do que ele vinha fazendo”, explicou 


“� fundamental que haja vigil�ncia sobre os filhos, saber o que est� fazendo no computador, com quem est� falando, o que costuma acessar. � preciso cuidar da fam�lia”, refor�ou. Ainda segundo o delegado, "qualquer pessoa que tenha sofrido com uma situa��o semelhante, pode procurar a delegacia. Esperamos que assim, possamos identificar outras v�timas e tamb�m os respons�veis pelas a��es", finalizou.



 


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