
De acordo com informa��es do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), a estudante j� participava de jogos na companhia de meninos nas aulas de educa��o f�sica no pr�prio col�gio e tamb�m na escolinha de futebol e havia sido impedida de formalizar a inscri��o no campeonato, pois o torneio n�o permitia a participa��o de meninas.
Na justi�a, a m�e da menina conta que tentou sensibilizar a coordena��o do col�gio, sob o argumento de que a participa��o da filha no campeonato poderia ser uma forma de minimizar as desigualdades de g�nero na institui��o de ensino. A m�e ainda afirmou que a menina foi v�tima de preconceito e discrimina��o e que havia sido impedida de fazer a inscri��o apenas por ser mulher.
O col�gio, contestando a decis�o, argumentou que � tradi��o, tanto no futebol profissional quanto no amador, a disputa separada por g�neros, o que n�o caracteriza qualquer il�cito, preconceito ou discrimina��o.
A institui��o ainda apresentou um pedido de indeniza��o por danos morais, pois a m�e da aluna, segundo a escola, teria apresentado uma "vers�o distorcida, falaciosa e difamat�ria de um fato inver�dico que maculou o nome da escola nos jornais de repercuss�o nacional e internacional".
A institui��o ainda apresentou um pedido de indeniza��o por danos morais, pois a m�e da aluna, segundo a escola, teria apresentado uma "vers�o distorcida, falaciosa e difamat�ria de um fato inver�dico que maculou o nome da escola nos jornais de repercuss�o nacional e internacional".
Segundo o magistrado respons�vel pelo caso, ap�s a publicidade dos fatos, outras duas meninas pediram para participar do torneio. "N�o parece que o baixo interesse das meninas pelo futebol seja decorrente da pr�pria natureza feminina, mas sim porque as meninas n�o s�o incentivadas a praticar o esporte, ainda hoje, no s�culo 21, divulgado por parte da popula��o como coisa de homem", disse o juiz.
Sobre o pedido de indeniza��o feito pelo col�gio, o magistrado afirmou que nenhuma das reportagens veiculadas na imprensa chama o col�gio de "machista" ou "preconceituoso". Ele ainda ressaltou que n�o h� imputa��o de condutas discriminat�rias � institui��o de ensino, mas que nessa quest�o pontual, existiu um tratamento diferente na participa��o de meninas e meninos no torneio de futebol.
