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Estado de Minas VIOL�NCIA

Entregador agredido acredita n�o ter recebido apenas "muletadas"

Motoboy afirma que os ferimentos n�o condizem com a utiliza��o de uma muleta nas agress�es. Caso ocorreu nessa ter�a (15/8) ap�s desentendimento com clientes


16/08/2023 17:17 - atualizado 16/08/2023 17:51
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Portão branco empenado
O port�o da casa dos agressores ficou danificado ap�s manifesta��o realizada pelos colegas de profiss�o do entregador (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press. Brasil. Belo Horizonte - MG)
 
Lincoln Santos, o motoboy agredido durante um entrega no Bairro Cai�ara, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, nessa ter�a-feira (15/8), usou as redes sociais um dia depois do ocorrido para dar sua vers�o dos fatos. Ele acredita n�o ter sido agredido apenas com uma muleta.

A confus�o teria come�ado ap�s o entregador solicitar o c�digo de seguran�a do pedido aos compradores. 

Os v�deos do entregador foram enviados em um grupo que re�ne diversos motoboys que trabalham por aplicativo em Belo Horizonte. No in�cio do v�deo, Lincoln agradece todo o apoio que tem recebido da categoria ap�s a ocorr�ncia.

Os colegas de profiss�o foram at� a casa onde a agress�o ocorreu e se manifestaram contra o epis�dio na manh� desta quarta-feira (16/5). 

Em sua explica��o, Lincoln conta que tudo come�ou por volta das 13h de ter�a, quando ele se encaminhou para entregar o pedido de uma feijoada no bairro. Ap�s coletar a comida, o entregador recebeu a notifica��o de outro pedido.

“Eu recebi outro pedido e nois que � motoca nois sabe, se der para casar nois casa para fazer um dinheiro r�pido, ainda mais que � feriado. Chegando l� eu vi que tava agarrado que n�o ia d� para pegar e n�o podia esperar tamb�m porque eu j� tava com a feijoada, a� eu fui pro endere�o”.
 

De acordo com Lincoln, ap�s solicitar o c�digo, mecanismo de seguran�a comum nos aplicativos de delivery de comida, houve uma discuss�o e, em seguida, as agress�es verbais e f�sicas come�aram.

“Pedi o c�digo e ele falou que queria ver o pedido primeiro, mas eu falei que n�o podia entregar sem o c�digo por quest�o de seguran�a. Eu guardei o pedido no bols�o e ele veio querer abrir e eu repreendi, dei um tapa na m�o dele e falei que n�o ia abrir”, afirma o entregador. 

� pol�cia, os suspeitos da agress�o afirmaram que perceberam pelo aplicativo que o entregador tinha desviado da rota e desconfiaram se ele havia feito algo no pedido. Por esse motivo, pediram para conferir a comida antes de entregar o c�digo ao entregador.

As agress�es, que em um primeiro momento eram verbais, passaram a ser f�sicas quando o rapaz que tinha ido encontrar o entregador chamou o pai, que chegou a agredir o entregador com uma muleta.

“A pol�cia falou que foi muleta, mas isso aqui n�o t� com cara de muleta n�o. T� todo cortado e a muleta t� limpa”, conta Lincoln. Ele teve ferimentos no bra�o, na barriga, no peito e nas costas e recebeu diversos pontos. 

O entregador finaliza o relato fazendo um pedido para que o caso n�o caia em esquecimento. “T� virando recorrente, toda semana, t� acontecendo isso a� e o que acontece com os cara? N�o tem nem mais not�cia, o caso morre, os cara abafa. Eu pe�o que dessa vez n�o aconte�a isso, n�o porque � comigo mas porque j� chegou em um limite que n�o t� dando mais. Os caras n�o est�o respeitando a lei. A� eu vou ficar 15 dias parado e quem vai pagar? Ningu�m. � s� preju�zo que t� tomando”, afirma Lincoln. 

Posicionamento do Ifood


O Ifood, aplicativo de entrega, afirmou em nota que: “repudia veementemente qualquer tipo de agress�o, seja ela f�sica ou verbal e que afete qualquer pessoa inserida em nosso ecossistema, seja entregador, restaurante e consumidor. A empresa informa que entrou em contato com o entregador para prestar apoio psicol�gico e jur�dico e que deu entrada ao pedido de seguro para o profissional. O cliente foi banido da plataforma.  

O iFood ressalta aiinda que disponibiliza uma Central de Apoio Jur�dico e Psicol�gico para entregadores, como uma iniciativa de combate � discrimina��o, garantia de acesso � justi�a e valoriza��o e respeito destes trabalhadores.”

Defesa dos suspeitos


O advogado Fl�vio Amaral, respons�vel pela defesa dos suspeitos, afirmou que na internet circulam imagens parciais e que n�o refletem tudo o que aconteceu no momento e � explicado no Boletim de Ocorr�ncia.

Em nota, afirmou que: “� importante esclarecer que as agress�es relatadas tiveram in�cio por parte do entregador, conforme detalhadamente registrado. Ressaltamos nosso compromisso com a integridade e a veracidade dos fatos, reiterando que n�o s�o adeptos da viol�ncia e acreditamos no funcionamento adequado das institui��es policiais e judici�rias para a apura��o imparcial dos acontecimentos.”. 

Na nota, � refor�ado ainda que os suspeitos “n�o se tratam de pessoas violentas e agiram em conformidade com a defesa de seus direitos e integridade f�sica”. 
 
 


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