
Conforme dados levantados pela Associa��o Brasileira de Medicina Diagn�stica (Abramed), que representam 65% do volume de exames realizados pela sa�de suplementar no pa�s, de 29 de julho a 18 de agosto o n�mero de testes positivos para COVID-19 aumentou 7,5 pontos percentuais. Ou seja, a quantidade de casos confirmados da doen�a passaram de 6,3%, entre os dias 29 de julho a 4 de agosto, para 13,8% entre 12 de agosto ao dia 18 do mesmo m�s.
J� segundo o Instituto Todos Pela Sa�de (ITpS), que computou dados dos laborat�rios particulares Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin, a porcentagem de contamina��o pelo SARS-CoV-2 passou de 7% para 15,3% entre 22 de julho e 19 de agosto.
O infectologista e epidemiologista Carlos Starling explica que a situa��o � preocupante, mas j� esperada. Isso porque, conforme o especialista, a imunidade gerada pela contamina��o da doen�a, ou pela vacina��o, cai de forma progressiva a partir do quarto ou quinto m�s. Com isso, mesmo quem j� se vacinou, ou j� teve COVID-19, pode ficar mais suscet�vel a novas contamina��es, na maioria das vezes, leves.
“E a variante que est� chegando nesse momento, que j� foi diagnosticada no pa�s, � muito mais transmiss�vel do que as anteriores, e, portanto, o cen�rio � preocupante e prop�cio para um novo pico epid�mico”, diz Starling, que salienta que, al�m disso, a baixa cobertura imunol�gica tamb�m contribui para o crescimento dos casos.
Quem est� se contaminando?
De acordo com os dados apresentados pelo Instituto Todos pela Sa�de, entre todos os casos analisados, ficou constatado que pessoas entre 49 e 59 anos tiveram maior n�mero de testes positivos, chegando a 21,4% das ocorr�ncias. Em seguida est�o os idosos com mais de 80 anos, totalizando 20,9% das contamina��es.
Starling explica que, apesar dos novos registros n�o estarem gerando infec��es graves da COVID-19, as pessoas mais vulner�veis, e, portanto, mais suscet�veis a contra�rem o v�rus, devem tomar precau��es. Entre elas est�o aquelas j� difundidas por especialistas, desde o in�cio da pandemia, como evitar aglomera��es e usar m�scaras de prote��o facial em locais fechados.
Mesmo assim, o infectologista afirma que as chances da situa��o se agravar como em 2020 s�o m�nimas, uma vez que hoje j� existem imunizantes e medicamentos que previnem e tratam a doen�a.
“N�s temos condi��es de prevenir e tratar a doen�a de forma muito eficaz. E, para prevenir, n�s temos que vacinar. N�o adianta ter vacinas se as pessoas n�o est�o se vacinando. Ent�o, � importante as pessoas colocarem em dia o cart�o de vacina��o, com vacina bivalente. E usar medicamentos aprovados pela Anvisa na fase aguda da doen�a, principalmente aquelas pessoas que est�o mais vulner�veis, como idosos, pessoas com doen�as imunossupressoras, cardiopatas graves.”
“N�s temos condi��es de prevenir e tratar a doen�a de forma muito eficaz. E, para prevenir, n�s temos que vacinar. N�o adianta ter vacinas se as pessoas n�o est�o se vacinando. Ent�o, � importante as pessoas colocarem em dia o cart�o de vacina��o, com vacina bivalente. E usar medicamentos aprovados pela Anvisa na fase aguda da doen�a, principalmente aquelas pessoas que est�o mais vulner�veis, como idosos, pessoas com doen�as imunossupressoras, cardiopatas graves.”
Minas Gerais
Em Minas Gerais, conforme o boletim epidemiol�gico divulgado pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG), nesta quarta-feira (30/8) foi informado que, desde o in�cio da pandemia, em 2020, quando os dados come�aram a ser computados, 4.170.03 pessoas j� testaram positivo para a COVID-19. Nos �ltimos 22 dias, foram, em m�dia, 209 casos por dia.
Apesar do aumento de casos, as contamina��es, at� o momento, t�m se mostrado de forma leve, ou seja, n�o h� agravamento que gere interna��es e lota��es de centros de tratamento intensivo. � o que explica o infectologista Una� Tupinamb�s. Segundo ele, mesmo com o crescimento de casos, o esperado para a nova variante �, assim como com as outras “filhas” da �micron, que os picos fiquem apenas na quantidade de contaminados e n�o na gravidade dos adoecimentos.
“Nos pa�ses onde houve um grande aumento de casos, eles foram leves, e com uma incid�ncia muito menor comparado a per�odos anteriores que se agravaram , precisaram se internar ou mesmo evolu�ram para o �bito. Ent�o, pode ser que n�s tenhamos um aumento importante de sintomas leves, aumento da procura dos postos de sa�de e de prontos atendimentos, mas, possivelmente sem lotar hospitais e aumentar o n�mero de mortos”, afirma.
Na capital mineira, os dados seguem como os demais estados brasileiros mas, com uma velocidade reduzida. Desde o in�cio do m�s, em 2 de agosto, houve um crescimento de 3,9% de casos, passando de 5.015 para 5.211. Al�m disso, ao longo do per�odo analisado, as interna��es de pacientes com coronav�rus, no servi�o p�blico de sa�de, n�o ultrapassaram a faixa dos 50 pedidos.
E a perspectiva � que os n�meros aumentem ainda mais. Isso porque, os diagn�sticos da EG.5, apelidada de �ris, come�ar�o a ser levantados agora, o que vai causar um novo pico de casos nas pr�ximas semanas.