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Estado de Minas VIU O TERROR DE PERTO

'Senti medo de morrer', diz mineira que vivenciou terremoto no Marrocos

Karla Celene, moradora de Montes Claros, passa f�rias no pa�s onde o tremor, de 6,8 graus, causou mais de 2 mil mortos. Ela dormiu em porta-malas de �nibus


10/09/2023 11:24 - atualizado 10/09/2023 13:18
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foto mostra mineira
Mineira Karla Celene Campos dormiu dentro de porta-malas de �nibus por causa de terremoto (foto: Arquivo pessoal)
A professora e escritora mineira Karla Celene Campos, de 62 anos, testemunhou o p�nico provocado pelo terremoto de 6,8 graus de magnitude que, na noite de sexta-feira (8/9), atingiu o Marrocos, onde ela passa f�rias. ”Senti medo de morrer. Vi de perto toda nossa fragilidade, impot�ncia. (Tive) medo de morrer distante de minha fam�lia, amigos e do (meu) pa�s”, disse Karla Celene, em entrevista ao Estado de Minas, na manh� deste domingo (10/9).


Moradora de Montes Claros, Norte de Minas, a professora e escritora permanece no Marrocos que foi altamente atingido pelo tremor, com registro de maior destrui��o em Marrakech, uma das principais cidades do pa�s, localizado no norte da �frica. At� ent�o, foram confirmados 2.012 mortos e 2.059 feridos, segundo as fontes oficiais. 


Karla Celene conta que, no momento do sismo - 23h no hor�rio local (por volta das 19h no hor�rio de Bras�lia) -, estava em um hotel na cidade de Boulmande Dades, a 312 quil�metros de Marrakech e situada pr�xima da Cordilheira Atlas, epicentro do tremor. 

 

 

A mineira lembra que “teve sorte” de ter deixado Marrakech no mesmo dia do terremoto, na manh� de sexta-feira, seguindo para Boulmande Dades.


Ela conta que dormia no hotel e acordou ao sentir o terremoto. “O que nos acordou foi o horror de vermos o quarto se mexer violentamente e o barulho, tamb�m assustador”, afirma a professora e escritora.


Karla Celene lembra que Montes Claros, onde mora, tamb�m j� teve sequ�ncia de abalos s�smicos, mas de baixa intensidade, “terremotos t�midos” - o maior deles foi registrado em 19 de maio de 2011, de 4,5 graus na escala Richter, que atingiu 60 casas. "Do que conhe�o como terremoto, s�o os que chamamos de 'terremoc', nossos, t�midos terremotos. Mas o que v�amos acontecer em nosso quarto (no Marrocos) foi diferente”, relata a brasileira. 


“Era como se o tremor dissesse: "Aqui mando eu”. (Tive) uma sensa��o de total impot�ncia, uma coisa surreal”, disse a professora e escritora. 


Ela conta que, imediatamente ap�s o terremoto, junto com uma companheira de viagem, saiu do quarto do hotel. “Vestimos as roupas apressadamente. Lembrei de, junto ao passaporte, pegar celular e carregador.  Pensei no horror de minha fam�lia sem comunica��o direta da minha parte. Por isso, (peguei) o celular”, relembra. 


 

 

“Corremos para fora do hotel e encontramos outros h�spedes. Uns de camisola, pijama, enrolados em Len��is”, conta. “Alguns dormiram dentro de carros ou �nibus. Peguei travesseiro e, como outros, me deitei no porta-mala do �nibus. Sabendo que a noite seria longa e insone”, completa.


“No dia seguinte, aliviados por estarmos vivas, agradecemos a Deus: mais uma li��o do quanto devemos ser humildes”, afirma Karla Celene Campos. 


No s�bado (9/9), a mineira seguiu viagem pelo deserto do Saara. Ela publicou mensagens na redes sociais, agradecendo por ter sobrevivido ao terremoto. “Agora estou bem. Lamento os que n�o sobreviveram e pe�o a Deus que os receba e que console familiares. E que n�s, humanos, aprendamos as li��es que a vida e a m�e natureza n�o param de nos ensinar”, declarou. 


“Vida que segue. Esquecer uma experi�ncia assim jamais. Vivenciar o que ontem vivenciamos � li��o para a vida inteira. Mostra nossa impot�ncia e, principalmente, a necessidade de rever valores”, afirmou Karla Celene, que tamb�m recebeu muitas mensagens de apoio de amigos.


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