
Um Protocolo de Inten��es sobre o Projeto de Conserva��o e Restauro foi assinado nesta quarta-feira (20/9) entre o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), o governo de Minas, o munic�pio de Belo Horizonte e o Centro Mineiro de Alian�as Setoriais (CeMais). O espa�o vai receber, principalmente, exposi��es de artistas pobres da periferia.
O dinheiro para executar o projeto n�o � do MPMG, � da popula��o, mas foi recuperado por meio de a��o do Minist�rio P�blico. “N�s temos a��es semanais, di�rias, que recuperamos recursos, ent�o n�s vamos destinando uma parte deles, uma parcela importante para o patrim�nio cultural”, esclarece o procurador-geral do Estado, Jarbas Soares Filho.
O projeto � delicado e requer aten��o, tanto pelos problemas que apresenta quanto pelo significado hist�rico. De acordo com Jarbas, o im�vel passa por problemas estruturais. "� como se ele estivesse dentro de uma casa de lou�as, ent�o, vai ser um trabalho muito de artes�o”.
O secret�rio de Estado de Cultura e Turismo, Le�nidas Oliveira, completa dizendo que o im�vel apresenta rachaduras e uma das salas j� passou por um inc�ndio. Al�m disso, detalhes em madeira, o telhado, pinturas e murais devem passar por restaura��o. “Acredito que, como palacete privado, ele (Palacete Dantas) � o mais singular da cidade de Belo Horizonte”, destaca Le�nidas.
Reduto da aristocracia

- Leia tamb�m: Ap�s restaura��o, Mariana reconquista dois monumentos
O desenho do Palacete dialoga com o tra�ado da Avenida Crist�v�o Colombo. A fachada que se alinha com a via e circunda a pra�a, na esquerda, leva ao avarandado do acesso principal. A fachada direita conduz ao terreno e chega at� o jardim, acompanhando o declive da avenida.
No livro “Casa Nobre – Significado dos modos de morar nas primeiras d�cadas de Belo Horizonte”, organizado por Celina Borges Lemos e Karla Bilharinho Guerra, h� explica��o para o tipo de constru��o.
“A terminologia palacete vincula-se � ideia de valoriza��o da fam�lia e suas gera��es integradas � nobre aristocracia urbana, que se traduz na arquitetura de habita��o luxuosa e ampla. Constru�da por seu propriet�rio, o engenheiro Jos� Dantas, tem valor simb�lico agregado, devido � proximidade do Pal�cio da Liberdade”, diz trecho da obra.
O pr�dio foi tombado pelo Iepha-MG do Conjunto Arquitet�nico e Paisag�stico da Pra�a da Liberdade em 1977. Em 1994, foi tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrim�nio Cultural do Munic�pio de Belo Horizonte como parte do Conjunto Urbano da Pra�a da Liberdade e Adjac�ncias.
*Estagi�ria sob a supervis�o do subeditor F�bio Corr�a