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Estado de Minas PROTESTO

BH: atingidos por barragens fazem protesto na porta do Tribunal de Justi�a

Dezenas de atingidos pelo rompimento da barragem de Brumadinho, na Grande BH, se re�nem na porta do TJ


26/09/2023 11:51 - atualizado 26/09/2023 16:00
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Imagem dos protestos na porta do TJMG
Reuni�o discute repara��es individuais pelo rompimento da barragem de C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, na Grande BH (foto: S�lvia Pires/EM/D.A Press)

Moradores de munic�pios afetados por rompimentos de barragens em Minas Gerais realizam protesto, na manh� desta ter�a-feira (26/9), na porta do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), na Avenida Raja Gabaglia, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. No local, acontece uma reuni�o para discutir as repara��es individuais pelo rompimento da barragem de C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, na Grande BH.

Com faixas e bandeiras, o grupo reivindica a indeniza��o integral e mais celeridade no processo de repara��o dos danos causados aos moradores de toda a extens�o da bacia do Paraopeba e da represa de Tr�s Marias, atingidas pelos rejeitos da barragem de Brumadinho. Prestes a completar oito anos da trag�dia em Mariana, moradores de comunidades atingidas pelo desastre na regi�o Central de Minas endossam a luta e d�o sequ�ncias �s reivindica��es por participa��o no processo de repactua��o na bacia do Rio Doce.

"Nossa presen�a � para demonstrar que n�s n�o fomos ouvidos. N�s, enquanto atingidos, somos os protagonistas do processo. Precisamos ser atendidos e isso n�o est� sendo feito", afirma Walter Matias Machado, de 65 anos, morador de Juatuba, munic�pio que margeia o Rio Paraopeba e, desde 2020, passa por uma s�rie dificuldades no acesso � �gua pelo rompimento da barragem de C�rrego do Feij�o.

Os manifestantes tamb�m lembram os 272 mortos na trag�dia e cobra justi�a. “Nosso papel aqui hoje � cobrar que o processo criminal ande. N�o existe repara��o se o processo criminal n�o andar. Estamos falando de um dos maiores crimes do Brasil. Passados quase cinco anos, os principais envolvidos est�o livres”, afirma Silas Fialho, morador e lideran�a dos atingidos em Brumadinho.

Qualidade da �gua


H� quatro anos, uma onda de rejeitos de minera��o contaminou o rio Paraopeba e impactou a vida de 26 munic�pios. Com a contamina��o da bacia do Paraopeba pelo rompimento da barragem C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, segundo maior desastre da minera��o no pa�s, a gest�o h�drica virou um desafio para comunidades atingidas de onde tiravam sua principal fonte de alimento e sobreviv�ncia. O Paraopeba tem extens�o de 546,5 km e �rea de 12.054,25 km², que corresponde a 5,14% do territ�rio da bacia do rio S�o Francisco.

O rio garantia a pesca, cultivo de alimentos e a navega��o para a popula��o de Caetan�polis. "N�s vivemos da pesca. Para se pescar em Minas e em parte do Brasil tem que passar pelas bacias do Paraopeba e Rio Doce. Se n�o tem o rio, n�o tem pescador", lamenta Marileia Aparecida Alves, moradora do munic�pio. Ela diz ter visto in�meros pessoas passarem fome depois que a lama varreu a comunidade local e contaminou o rio. "Queremos o que foi tirado de n�s por direito. T�nhamos o direito de ir e vir e hoje n�o temos mais esse direito", reclama.

A qualidade da �gua � uma das principais preocupa��es dos manifestantes que estiveram na porta do TJMG nesta manh�. Um relat�rio feito pela Funda��o "SOS Mata Atl�ntica" no rio Paraopeba revelou a presen�a de metais pesados na �gua. "At� agora n�o temos uma comprova��o da real extens�o da contamina��o. A gente ia l� no fundo do quintal e escolhia um franguinho que ia ser feito, colhia legumes na horta. Agora n�o temos nada disso", aponta Walter Matias Machado, 65 anos.

Para Clediane Silvestre, 35 anos, moradora de Citrol�ndia, a �gua continua impr�pria e sem condi��es de uso. "Nem filtrada est� ficando boa. A �gua da torneira sai gosmenta, amarela. Tem um gosto muito forte", afirmou ao Estado de Minas.

Caso Brumadinho

No in�cio de setembro, a Justi�a suspendeu a defini��o sobre indeniza��es individuais pelo rompimento da barragem de Brumadinho. Com isso, o processo voltou � situa��o que estava em agosto de 2022, quando foi feito o pedido de liquida��o coletiva.
Grupos de pessoas atingidas defendem a defini��o de uma solu��o coletiva para as indeniza��es individuais. Nesta manh�, comiss�es de atingidos e o juiz respons�vel pelo caso se re�nem para debater a possibilidade de complementa��o da senten�a quanto aos danos individuais.


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