
Enrico, de apenas 5 anos, mora em Varginha, no Sul de Minas. A hist�ria dele vem ganhando as redes sociais. A m�e do menino, Marina Geraldelli, conta que o filho sempre foi saud�vel e esperto, mas alguns sinais preocuparam a fam�lia.
"Ele sempre foi uma crian�a saud�vel, mas desde pequeno percebemos alguns sinais, que chamavam a aten��o. O atraso na fala por exemplo. Ele corria mais devagar que os amiguinhos. O cansa�o ao brincar com os coleguinhas. Ele pedia o colo. Outra coisa que chamava a aten��o era o pula-pula. O Enrico sempre segurava no cantinho", conta a m�e do Enrico.
A desconfian�a dos pais foi levada aos m�dicos. Enrico foi diagnosticado com a Distrofia de Duchenne, que � uma doen�a gen�tica e rara. Ela atinge em torno de 1 a cada 3 mil nascidos e ocorre predominantemente em meninos.
"A doen�a afeta a produ��o de uma prote�na chamada distrofina. Ela age como se fosse um amortecedor dos m�sculos. Sem ela, os m�sculos sofrem desgastes. E com o tempo, essa musculatura vai sendo destru�da. E ela � substitu�da por fibrose ou c�lulas adiposas. Em torno dos 12 anos, a crian�a pode at� perder a mobilidade e vir a ter complica��es severas na respira��o", explica o neuropediatra Lucas Gabriel Ribeiro.
A fam�lia luta contra o tempo para salvar o Enrico. No Brasil, os m�dicos recomendam um protocolo de terapia paliativo, com o uso de medicamentos como corticoides e esteroides. A busca � por um tratamento novo. O rem�dio j� foi aprovado nos Estados Unidos, s� que custa R$ 15 milh�es e uma �nica dose pode impedir a progress�o da doen�a.

A medica��o est� na terceira fase de pesquisa nos Estados Unidos, mas j� foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA). Segundo o neuropediatra, a vacina vai retirar o RNA de um v�rus e colocar um material gen�tico diferente, que produz a prote�na distrofina, que o Enrico precisa.
"Os n�veis de distrofina podem melhorar em torno de 95%. Mas como ainda est� na fase tr�s, pode ser que o Enrico precise de alguma outra dose no futuro. A doen�a n�o tem cura, mas pode oferecer uma vida tranquila ao menino", completa o neuropediatra.
Atualmente, o medicamento foi aprovado em uma dose �nica na idade de quatro a cinco anos. O Enrico completa seis anos em setembro do ano que vem.
"A campanha est� indo super bem. A doen�a est� sendo reconhecida por toda a popula��o. N�s ja arrecadamos 5% desse valor, mas a gente � otimista e sabemos o que Deus quer pra gente. Ele nos colocou aqui como mensageiros. Ele tem um plano de Deus e a gente est� conseguindo", afirma o pai.
