
No in�cio desta semana, o munic�pio de S�o Jo�o del-Rei, no Campo das Vertentes, passou a enfrentar um problema de sa�de p�blica, com crian�as apresentando sintomas de amigdalite, febre e problemas na pele. Esses s�o indicativos de uma poss�vel infec��o pela bact�ria streptococcus A, por�m, caso confirmada, o tratamento � feito com antibi�ticos amplamente utilizados, impedindo que o quadro fique grave.
A crise na cidade tamb�m se instalou ap�s a associa��o de tais sintomas com a morte de tr�s crian�as em menos de um m�s. Os �bitos est�o sendo investigados pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG), e ainda n�o h� resultado dos exames para identificar a bact�ria como causa das mortes.
Outro fator foi uma crian�a ser diagnosticada com o streptococcus A, por�m, ela foi tratada e recebeu alta hospitalar.
O medo da infec��o se espalhar motivou o fechamento de escolas municipais em, pelo menos, seis cidades: S�o Jo�o del-Rei, Concei��o da Barra de Minas, Santa Cruz de Minas, Rit�polis, Tiradentes e Fel�cio dos Santos, sendo este �ltimo munic�pio do Vale do Jequitinhonha.
O secret�rio estadual de Sa�de, F�bio Baccheretti, conversou nesta sexta-feira (27/10) com o Estado de Minas e falou sobre os casos suspeitos de infec��o por Streptococcus A ou Streptococcus pyogenes ocorridos no �ltimo m�s em S�o Jo�o del-Rei e de escarlatina em Fel�cio dos Santos.
Baccheretti analisa a efic�cia da medida tomada pelos munic�pios, o cen�rio no estado, se h� ou n�o surto e orienta os pais como proceder se filhos apresentarem sintomas de infec��o. Confira abaixo:
- Qual o cen�rio do problema no estado?
O Streptococcus A � comum na pele e na boca. O grande problema, em S�o Jo�o del-Rei, foi relacionar os tr�s �bitos com a bact�ria, e nenhum deles teve a confirma��o. O �nico caso foi de uma crian�a internada, que j� teve alta. Agora, h� preocupa��o generalizada em cima de uma infec��o comum, de baix�ssima letalidade. N�o tem nova bact�ria.
- Suspender aulas e desinfectar escolas � eficiente?
N�o, fechar n�o � recomendado, j� que a bact�ria faz parte do corpo das pessoas. No momento que retomar as atividades, ela volta para a escola. A transmiss�o n�o se d� porque o streptococcus est� no ch�o ou paredes. Ele est� na saliva, nas got�culas, transmite pelo contato pr�ximo entre pessoas.
- Se n�o fecha escolas, faz o qu�?
Para reduzir a infec��o, a �nica a��o �, realmente, orientar pais a n�o levarem filhos com sintomas para a escola, para evitar cont�gio de outras. S�o ind�cios: escarlatina, l�ngua em framboesa, amigdalite e febre. Al�m disso, treinar trabalhadores da sa�de para dar o diagn�stico precoce de infec��o e tratar com antibi�tico.
- O que o Estado est� fazendo?
A maior a��o � reduzir o p�nico causado. Estamos buscando a sensibiliza��o da popula��o e nivelamento com a situa��o. Em S�o Jo�o del-Rei, equipes est�o fazendo o trabalho de conscientiza��o e capacita��o de m�dicos, para que se inicie o tratamento o mais r�pido poss�vel.
- O que � um surto?
- O que mais os pais podem fazer?
Grande parte das infec��es bacterianas graves s�o evitadas com vacinas. Meningite e pneumonia s�o exemplos de doen�as muito mais letais. Os cart�es devem ficar em dia, porque as piores bact�rias t�m preven��o. Ainda assim, diversos pais n�o levam os filhos para vacinar.