Mulheres de uma �rea rural de Papua Nova Guin� estariam matando seus filhos rec�m-nascidos do sexo masculino numa tentativa desesperada de encerrar uma guerra tribal que j� dura mais de duas d�cadas, segundo relatos publicados pela imprensa local.
Segundo o jornal papu�sio The National, duas mulheres da regi�o fizeram a revela��o durante um encontro promovido na semana passada na cidade de Goroka, capital da prov�ncia que abriga as tribos em conflito, para discutir a paz e a reconcilia��o na regi�o.
Segundo as mulheres, Rona Luke e Kipiyona Belas, de duas tribos em disputa, a decis�o de sacrificar os beb�s do sexo masculino foi tomada para for�ar o fim do conflito ao reduzir a popula��o masculina dispon�vel para a guerra.
“Todas as mulheres concordaram em matar todos os beb�s do sexo masculino porque elas j� estavam fartas de ver os homens se envolvendo em conflitos tribais e deixando-as na mis�ria”, relatou Luke, de acordo com o National.
Ela admitiu que a morte dos beb�s era um crime b�rbaro, mas alegou que essa era a �nica maneira que as mulheres tinham para tentar acabar com o conflito.
Dificuldades
Belas, por sua vez, afirmou que as mulheres tinham dificuldades em conseguir alimentos enquanto seus maridos permaneciam envolvidos na guerra.
As mulheres n�o souberam dizer quantos beb�s foram sacrificados at� agora durante o per�odo de conflito, iniciado em 1986 ap�s a ocorr�ncia de alguns assassinatos na regi�o atribu�dos a bruxaria.
O Ex�rcito da Salva��o, que promoveu o encontro da semana passada em Goroka, vem reunindo l�deres de 15 diferentes tribos da regi�o para tentar negociar um fim aos conflitos.
Segundo um porta-voz da organiza��o, o assassinato dos beb�s rec�m-nascidos � uma demonstra��o da extrema frustra��o das mulheres com os homens envolvidos na guerra.