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Estado de Minas

China reprime convoca��o de protestos pela internet


postado em 20/02/2011 13:24

Ditadura chinesa teme
Ditadura chinesa teme "revolu��o de jasmim", como ficou conhecida a rebeli�o bem-sucedida da Tun�sia no m�s passado (foto: Dom�nio P�blico)

A China prendeu dezenas de ativistas e mobilizou um forte esquema de seguran�a em suas principais cidades, depois de uma campanha lan�ada na internet para convocar manifesta��es pelos direitos humanos inspiradas pelas rebeli�es populares contra regimes autorit�rios que se espalham pelo mundo �rabe desde janeiro, informaram os organizadores da iniciativa neste domingo.

Pelo menos 100 advogados e ativistas chineses simplesmente desapareceram desde s�bado, ao mesmo tempo em que a pol�cia tomou preventivamente uma s�rie de pontos de protesto em todo o pa�s, pronta para conter qualquer manifesta��o, segundo os coordenadores da campanha.

O governo est� censurando mensagens de texto de celulares e na internet de convoca��o para os protestos, revelando o tamanho da preocupa��o do governo chin�s com a possibilidade de uma rebeli�o mobilizada como as que derrubaram os regimes na Tun�sia e no Egito.

As mensagens

"Saudamos (...) trabalhadores demitidos e v�timas dos despejos for�ados que queiram participar das manifesta��es, gritar slogans e buscar a liberdade, a democracia e reformas pol�ticas para acabar com o 'partido �nico'", diz uma das mensagens divulgadas na rede.

Os textos, cuja maioria parece ter origem em sites estrangeiros controlados por dissidentes chineses no ex�lio, convocam os protextos em Pequim, Xangai, Guangzhou e 10 outras grandes cidades chinesas.

(foto: CHINA OUT AFP PHOTO)
(foto: CHINA OUT AFP PHOTO)
Os manifestantes s�o instru�dos a disseminar slogans como "queremos comida para comer", "queremos emprego", "queremos casas", "queremos justi�a", "vida longa � liberdade" e "vida longa � democracia".

Os policiais

No distrito de compras de Wangfujing, no centro de Pequim, onde os manifestantes foram orientados a se concentrar, centenas de policiais foram mobilizados. No entanto, n�o houve protesto.

Pelo menos duas pessoas foram vistas sendo levadas pela pol�cia, uma por xingar as autoridades e outra por gritar "quero comida para comer".

Mais de 300 agentes � paisana se dispersaram pelo distrito e filmavam frequentadores das lojas, turistas e jornalistas.

A ag�ncia oficial Xinhua indicou que a multid�o que se reuniu para os protestos se dispersou em Pequim e Xangai depois da chegada da pol�cia. Em Xangai, pelo menos tr�s pessoas foram presas.

Segundo mensagens postadas em f�runs na internet, apenas alguns manifestantes apareceram nas outras cidades, apesar do enorme contingente policial mobilizado nos locais de protesto em Harbin, Guangzhou e Chengdu.

A dissuas�o

"Eu n�o acho que a convoca��o para protestar foi s�ria, ningu�m de fato pretendia protestar porque h� muitos policiais", estimou o advogado Li Jinsong, em entrevista � AFP.

"Levando isto t�o a s�rio, a pol�cia apenas demonstra qu�o preocupada est� com a poss�vel influ�ncia da Revolu��o de Jasmim na estabilidade social da China", afirmou, referindo-se ao nome dado � rebeli�o na Tun�sia, que derrubou o presidente Zine El Abidine Ben Ali e inspirou movimentos semelhantes em v�rios pa�ses do mundo �rabe.

Conforme a not�cia da convoca��o se espalhava, v�rios dissidentes pol�ticos e advogados foram detidos pela pol�cia, segundo ativistas.

"Muitos defensores dos direitos humanos desapareceram nos �ltimos dias, outros est�o sob pris�o domiciliar e seus telefones celulares foram bloqueados", indicou � AFP a advogada Ni Yulan.

"A presen�a da pol�cia do lado de fora de minha porta aumentou. E eles nos seguem se sa�mos de casa", contou Ni.

Telefone n�o atende

Proeminentes advogados chineses como Teng Biao, Xu Zhiyong e Jiang Tianyong n�o atenderam aos telefonemas da AFP neste domingo. Amigos e companheiros ativistas afirmam que eles foram detidos pela pol�cia.

Segundo o Centro de Informa��es pelos Direitos Humanos e a Democracia, mais de 100 ativistas j� foram presos, "desapareceram" ou est�o sob pris�o domiciliar em Pequim, Zhejiang, Sichuan, Guizhou, Hunan, Xangai e outras cidades.

"Isto tem a ver com a convoca��o para uma Revolu��o de Jasmim", explicou o grupo, cuja sede fica em Hong Kong.


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