A Tepco (Tokyo Electric Power Co.) – empresa que opera o complexo nuclear de Fukushima, no Jap�o – afirmou neste s�bado que �gua contaminada com radioatividade est� vazando para o mar.
Especialistas descobriram uma rachadura de 20cm na parede de concreto do po�o de conten��o do reator dois, que teria sido provocada pelo terremoto do dia 11 de mar�o.
A Tepco suspeita que a rachadura esteja por tr�s dos altos n�veis de contamina��o detectados na zona costeira e j� prepara uma opera��o para vedar o po�o com concreto.
Ainda neste s�bado, tr�s semanas ap�s o tremor e o tsunami que devastaram �reas inteiras do pa�s, o primeiro-ministro japon�s, Naoto Kan, entrou na �rea de exclus�o de 20 km ao redor da usina para visitar a base que vem sendo usada por funcion�rios da Tepco para combater a crise nuclear. Kan tamb�m esteve em outras regi�es afetadas no nordeste do Jap�o.
Incertezas
O vice-diretor-geral da Ag�ncia de Seguran�a Nuclear e Industrial do Jap�o, Hidehiko Nishiyama, afirmou que a Tepco pretende vedar a rachadura com uma inje��o de concreto. "Com os n�veis de radia��o subindo na �gua do mar pr�ximo � usina, v�nhamos tentando descobrir a raz�o, e neste contexto, essa pode ser a fonte", disse Nishiyama.
No entanto, ele disse que outras rachaduras parecidas poderiam ter aparecido no concreto e que elas precisam ser encontradas "o mais r�pido poss�vel".
A Tepco j� tinha afirmado anteriormente suspeitar de que material radioativo estivesse vazando continuamente da usina, mas ainda n�o tinha descoberto a fonte.
Medi��es indicam que o ar acima da �gua contaminada do po�o de conten��o apresenta mil millisieverts de radioatividade.
Durante a sua visita � zona de desastre, Kan assegurou a popula��o local de que o governo japon�s far� de tudo para prestar-lhes apoio.
Reconstru��o
"Conversei com funcion�rios da administra��o local sobre como reconstruir a ind�stria pesqueira, inclusive como reconstruir criadouros de peixe e crust�ceos", disse. "O governo vai fazer o m�ximo para apoiar estes esfor�os."
No entanto, um dos milhares de refugiados por causa do desastre, Ryoko Otsubo, de 60 anos, criticou a visita. "O momento para a visita j� passou. Gostaria que ele tivesse visitado este local antes. Queria que ele visse as pilhas de destro�os em cima das ruas. Agora, as ruas est�o limpas", disse.
Kan viajou de T�quio a Rikuzentakata em um helic�ptero militar. Ele j� tinha sobrevoado a usina nuclear no dia seguinte ao terremoto.