M�dicos europeus lutam contra o avan�o de uma bact�ria que j� causou a morte de 16 pessoas e contaminou outras mil no continente. A 15ª v�tima fatal da doen�a foi anunciada nesta ter�a-feira e � a primeira registrada fora da Alemanha, uma sueca de 50 anos que acabara de voltar de uma viagem a Berlim.
Pouco depois, mais uma morte vinculada � bact�ria potencialmente letal Eceh foi anunciada na Alemanha. Uma mulher de 87 anos morreu em Paderborn (noroeste da Alemanha).
A onda de contamina��o � a pior j� registrada na Alemanha e uma das mais graves em todo o mundo, e causou o estremecimento das rela��es entre a Alemanha e a Espanha, que se considera injustamente atacada. Isto porque as suspeitas de contamina��o da Eceh (nome abreviado de E. coli entero-hemorr�gica) recaem sobre os pepinos procedentes de cultivos em estufas na regi�o da Andaluzia.
A ministra espanhola da Agricultura, Rosa Aguilar, negou nesta ter�a-feira que as bact�rias sejam provenientes da Espanha e afirmou que pedir� uma compensa��o da Uni�o Europeia (UE) e da Alemanha "pelos danos e preju�zos causados", que para ela s�o "irrevers�veis".
Praticamente toda a Europa deixou de comprar verduras espanholas, em consequ�ncia das suspeitas sobre os pepinos procedentes do pa�s, informou a Federa��o Espanhola de Produtores-Exportadores de verduras e frutas (Fepex).
Ao ser questionado sobre os pa�ses que deixaram de comprar os produtos espanh�is, o presidente da Fepex, Jorge Brotons, respondeu: "Praticamente toda a Europa. H� um efeito domin� em todas as verduras e frutas".
As autoridades do continente expressaram preocupa��o com a propaga��o da bact�ria, que causa fortes hemorragias no sistema digestivo.
A R�ssia anunciou na segunda-feira a suspens�o das importa��oes das verduras alem�s e espanholas, assim como a B�lgica. A �ustria retirou de venda os pepinos espanh�is.
Por outro lado, a Holanda disse que pedir� ajuda financeira � UE para seus agricultores, que registraram queda nas exporta��es para a Alemanha.
J� foram registrados casos confirmados de contamina��o e suspeitos na Su�cia, Dinamarca, Reino Unido, Holanda, Fran�a, Su��a e �ustria. Todas as v�timas teriam visitado a Alemanha nos �ltimos dias.
Uma esperan�a surgiu nesta quarta-feira com o an�ncio pelos pesquisadores da universidade alem� de Munster da desoberta de um teste que permite identificar rapidamente os infectados pela perigosa bact�ria.
As autoridades alem�s temem que o surto n�o tenha alcan�ado seu pico m�ximo, devido a defasagem existente entre a incuba��o da bact�ria e sua manifesta��o, que pode levar uma semana.
O instituto alem�o Robert Koch, encarregado do controle sanit�rio no pa�s, lamentou o surto e advertiu para "prov�veis novos casos". "Conhecemos a bact�ria Eceh h� v�rios anos, mas jamais t�nhamos visto propaga��o semelhante", afirmou o professor Jan Galle, diretor de um hospital na cidade de Ludenscheid, no oeste do pa�s. "Em geral registramos cerca de mil casos por ano, mas agora temos 1,2 mil casos em 10 dias", completou.
De acordo com um �ltimo balan�o divulgado na segunda-feira, 352 pacientes ainda internados apresentam transtornos renais graves, um mal conhecido como s�ndrome hemol�tico-ur�mica, uma doen�a fatal.
Os pacientes foram questionados quanto a seus h�bitos alimentares e consumo de verduras antes de ficarem doentes. O objetivo � tentar descobrir a origem da contamina��o.
A variante da Eceh que atinge a Alemanha �, de acordo com o professor Galle, de um tipo bastante virulento e resistente ao tratamento com di�lise.
Nas feiras, os consumidores evitam comprar pepinos e outras verduras. V�rios comerciantes decidiram retirar de seus card�pios as saladas e acompanhamentos que tragam pepinos ou hortali�as frescas n�o cozidas.