O ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, defendeu que os l�deres internacionais busquem controlar as diferen�as sociais na tentativa de conter a epidemia de aids no mundo. Ao discursar na reuni�o da Assembleia Geral das Na��es Unidas na noite dessa quarta-feira, durante os debates sobre tratamento para o combate � aids, o chanceler lembrou que o Brasil adotou um programa que visa � coopera��o internacional.
Segundo o ministro, o programa brasileiro inclui a preven��o da doen�a e o tratamento das pessoas com o v�rus HIV, al�m de pol�ticas de combate �s diferen�as sociais. “A pobreza extrema, a desigualdade social, a falta de oportunidades econ�micas, os sistemas de sa�de fracos, a estigmatiza��o, a discrimina��o e outras viola��es de direitos humanos s�o determinantes da epidemia, e essas quest�es devem ser tratadas de forma abrangente.”
Em outubro, o assunto ser� tema da 1ª Confer�ncia Mundial sobre Determinantes Sociais da Sa�de, no Rio de Janeiro. Patriota lembrou que, no Brasil, o acesso a meios preven��o e ao tratamento da aids – de forma gratuita – � um direito de todos e uma responsabilidade do Estado.
O chanceler afirmou ainda que o resultado das pol�ticas p�blicas adotadas no pa�s permitiu o “controle e a propaga��o da epidemia”. “A incid�ncia de casos em crian�as menores de cinco anos de idade diminuiu de 41,7% na �ltima d�cada”, disse.
“Os resultados falam por si mesmos, eles indicam que o acesso universal aos servi�os de sa�de, incluindo preven��o e tratamento, � fundamental para a revers�o da epidemia especialmente em pa�ses em desenvolvimento”, afirmou o ministro.
Patriota destacou tamb�m as parcerias feitas pelo Brasil com v�rios pa�ses para a preven��o e o combate da aids. Segundo ele, h� acordos com o governo de Mo�ambique para a constru��o de uma f�brica farmac�utica para a produ��o de medicamentos gen�ricos antirretrovirais. H�, ainda, colabora��o com os governos de Botsuana, Gana, da Nig�ria e da Z�mbia, al�m da �ndia e �frica do Sul .
O chanceler afirmou que tamb�m h� programas comuns do Brasil com os governos da Bol�via, de Cabo Verde, de Guin� Bissau, da Nicar�gua, do Paraguai, de S�o Tom� e Pr�ncipe e do Timor Leste para p�r em pr�tica projetos que assegurem o acesso universal � preven��o do v�rus HIV, al�m dos tratamento, cuidados e apoio aos doentes. “No Haiti, estamos trabalhando com pa�ses como Cuba para o fortalecimento do sistema de sa�de”, disse.