Um juiz distrital de Oslo decidiu nesta segunda-feira que o indiciamento do suspeito dos ataques na Noruega ser� feito a portas fechadas, impedindo assim que Anders Behring Breivik tenha uma oportunidade de divulgar suas opini�es contr�rias aos mu�ulmanos ao p�blico em geral.
A decis�o foi anunciada aos rep�rteres que esperavam do lado de fora do tribunal para ver Breivik pela primeira vez desde o ataque de sexta-feira contra um acampamento de jovens que matou 93 pessoas.
"Baseado em informa��es sobre o caso, o tribunal acha que a audi�ncia de deten��o de hoje deve ser realizada a portas fechadas", disse o juiz Kim Heger em comunicado. "Est� claro que h� informa��es concretas de que uma audi�ncia p�blica com a presen�a do suspeito poderia rapidamente levar a uma situa��o extraordin�ria e muito dif�cil no que diz respeito � investiga��o e seguran�a". Breivik havia solicitado uma audi�ncia p�blica, na qual ele compareceria vestindo um uniforme.
Ficou claro a partir do manifesto que ele publicou na internet para descrever o planejamento e a motiva��o dos ataques que ele procura uma plataforma para divulgar suas cren�as de que a Europa deve ser salva do que ele descreve como coloniza��o mu�ulmana. Ele tamb�m disse que os assassinatos foram uma a��o de "marketing" para o manifesto.
O tribunal reconheceu que h� a necessidade de transpar�ncia no caso e que normalmente consideraria os argumentos da imprensa ao tomar decis�es de n�o abrir audi�ncias, mas disse que neste caso isso n�o � poss�vel "por raz�es pr�ticas".
N�o � comum que a audi�ncia seja fechada mesmo antes de come�ar. Geralmente, o juiz toma essa decis�o em audi�ncia aberta ao p�blico. Os promotores pediram que o suspeito de 32 anos fique preso por oito semanas, disse a porta-voz do Tribunal Distrital de Oslo, Irene Ramm.
Breivik confessou que esteve por tr�s do ataque a bomba no centro de Oslo e dos disparos no acampamento de jovens numa ilha pr�xima da capital, mas negou responsabilidade criminal.
No manifesto publicado na internet e de acordo com as declara��es de seu advogado, ele disse que queria iniciar uma revolu��o para inspirar os noruegueses a retomar seu pa�s dos mu�ulmanos e outros imigrantes e culpa os liberais por defender o multiculturalismo em detrimento da cultura "nativa" do pa�s.
Geralmente, o acusado � levado ao tribunal a cada quatro semanas enquanto os promotores preparam o caso para que o juiz possa aprovar a perman�ncia na deten��o. Mas em casos de crimes graves ou quando o r�u admite as acusa��es, per�odos mais longos de pris�o n�o s�o incomuns.
O primeiro-ministro Jens Stoltenberg liderou a na��o num minuto de sil�ncio nesta segunda-feira da escadaria da Universidade de Oslo, na companhia do rei e da rainha. A Dinamarca e a Su�cia tamb�m prestaram homenagem �s v�timas.