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Estado de Minas

Justi�a da Argentina condena ex-militares � pris�o perp�tua

Durante a leitura da senten�a, o juiz disse que os r�us foram "condenados por persegui��es, homic�dio qualificado e roubo de bens da v�tima"


postado em 27/10/2011 07:20

A Justi�a da Argentina condenou nesta quinta-feira � noite 16 militares por crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura (1976-1983). Os oficiais foram responsabilizados por torturas e mortes ocorridas na Escola Superior da Marinha (Esma), em Buenos Aires. O ex-capit�o Alfredo Astiz, conhecido como Anjo da Morte, est� entre os condenados.

Na senten�a, 13 r�us foram condenados � pris�o perp�tua e os outros a mais de 18 anos de pris�o. Dois foram absolvidos. A decis�o ocorreu oito anos depois do fim das leis de anistia. O julgamento reuniu o maior n�mero de militares como r�us desde que as leis que anistiavam os oficiais da �ltima ditadura argentina foram revogadas, em 2003.

Os ex-militares foram condenados por crimes contra 86 pessoas, das quais 28 continuam desaparecidas e cinco foram assassinadas. A decis�o da Justi�a foi tomada ap�s 22 meses de investiga��o. Mais de 160 pessoas foram ouvidas. O veredito foi transmitido ao vivo pelas principais emissoras de televis�o do pa�s e em um tel�o instalado em frente ao tribunal.

A Escola Superior da Marinha (Esma) foi definida por entidades de direitos humanos como "um dos maiores centros de deten��o clandestina e de exterm�nio" da �ltima ditadura argentina (1976-1983).

Os parentes das v�timas acompanharam o julgamento na sala de audi�ncia do tribunal e aplaudiram quando foi lida a senten�a.A Justi�a estima que 5 mil v�timas da ditadura argentina passaram pelas instala��es da Esma. Na rela��o de v�timas "de tormentos e homic�dios" est� Azucena Villaflor, uma das fundadoras da organiza��o M�es e Av�s da Pra�a de Maio - que denuncia a repress�o e a busca por crian�as desaparecidas. "� um dia hist�rico. Marca o enorme avan�o na luta coletiva pelos direitos humanos", disse Patr�cia Walsh, filha do escritor Rodolfo Walsh, que desapareceu na Esma e cujo corpo nunca foi encontrado.

A investiga��o sobre os crimes cometidos na Esma foi aberta nos anos 1980, ap�s a redemocratiza��o do pa�s. O inqu�rito foi depois arquivado com as leis do Ponto Final (1986) e da Obedi�ncia Devida (1987).

Ativistas de direitos humanos esperam que a Justi�a ainda d� seu veredito sobre casos vinculados aos chamados ‘voos da morte’, quando presos pol�ticos eram lan�ados vivos no Rio da Prata e no mar. Por determina��o do ex-presidente N�stor Kirchner, a Esma foi transformada em um "centro cultural e de mem�ria".


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