A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, afirmou neste s�bado que o organismo "n�o est� em crise" ap�s a decis�o dos Estados Unidos de suspender seu financiamento devido � admiss�o da Palestina, depois de receber a primeira visita da presidente brasileira Dilma Rousseff.
"N�o estamos em crise. S�o dificuldades que superaremos", respondeu Bokova, � frente da Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura, quando questionada sobre como cobrir� o d�ficit pela falta dos fundos que os Estados Unidos entregariam antes do fim do ano.
Bokova e Dilma se reuniram por mais de 45 minutos no �mbito da primeira visita oficial da presidente brasileira � sede parisiense da Unesco, de onde se retirou sem fazer declara��es � imprensa.
Interrogada sobre se o Brasil estaria disposto a dar mais fundos � Unesco, Bokova disse que "n�o falamos sobre isso", mas garantiu que o "Brasil apoia todas as atividades da Unesco".
Os meios de comunica��o presentes insistiram sobre se Bokova e Dilma falaram da crise financeira da Unesco, e a chefe desta organiza��o respondeu que "recebemos um forte apoio do Brasil".
Ela tamb�m ressaltou que Dilma considerou que "a decis�o da Unesco sobre a admiss�o da Palestina era muito bem-vinda para o Brasil, j� que o povo palestino tem o direito". A presidente brasileira "disse que, fazendo isso, a Unesco demonstrou mais uma vez que � uma organiza��o extremamente importante da ONU", acrescentou Bokova.
Os Estados Unidos, que deveriam entregar � Unesco cerca de 60 milh�es de d�lares em novembro, fornecem 22% do or�amento regular bianual desta organiza��o, que chega a 653 milh�es de d�lares.
Dilma chegou a Paris ap�s participar da C�pula de chefes de Estado e de Governo do G20 em Cannes (sul da Fran�a).
Ap�s esta "visita de cortesia" � Unesco, Dilma deve retornar ao Brasil, segundo fontes de sua comitiva.
A Unesco admitiu no dia 31 de outubro a "Palestina como novo Estado membro", ap�s uma vota��o em sua 36ª Confer�ncia Geral da organiza��o, em Paris, que constituiu uma primeira vit�ria diplom�tica para os palestinos em sua aspira��o por se tornar um Estado soberano.