O inc�ndio que atingiu a Esta��o Ant�rtica Comandante Ferraz pode ter sido um acidente, mas � simb�lico de uma crise no Programa Ant�rtico Brasileiro (Proantar), diz Jefferson Sim�es, diretor do Centro Polar e Clim�tico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, maior refer�ncia da ci�ncia brasileira na Ant�rtida.
"Tudo isso ocorre num momento cr�tico do Proantar, em que estamos justamente fazendo uma rean�lise estrat�gica de todo o programa", disse Sim�es.
O n�mero de pessoas na esta��o (60 no total, segundo apurou o Estado), � uma quest�o preocupante, segundo Sim�es. O n�mero m�ximo, segundo ele, deveria ser 40. "Quando voc� come�a a colocar muita gente, come�a a estressar o sistema. � algo que vai passar pelo crivo da nossa avalia��o, e o Minist�rio da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o (MCTI) est� ciente disso."
As condi��es de manuten��o da base, segundo Sim�es, eram satisfat�rias, "mas est�o muito longe do ideal".
Um problema cr�nico da atua��o do Brasil na Ant�rtida, segundo ele, � a falta de estabilidade or�ament�ria do Proantar. O montante, segundo Sim�es, oscila entre R$ 5 milh�es e R$ 10 milh�es por ano. O relat�rio de avalia��o deve ser conclu�do em mar�o ou abril e entregue ao MCTI.