A economia norte-americana criou 163.000 novos postos em julho, de acordo com dados publicados nesta sexta-feira pelo Departamento de Trabalho, uma cifra s�lida que ajuda na campanha do presidente Barack Obama, apesar de a taxa de desemprego ter aumentado a 8,3%.
"Este � um relat�rio positivo", disse Jason Schenker, da Prestige Economics.
"Finalmente tivemos alguns dados positivos quanto ao emprego", disse Nigel Gault, economista de IHS Global Insight. "O relat�rio deve aliviar os temores de que os Estados Unidos poderiam estar retomando o quadro recessivo", disse.
Os servi�os, a manufatura, o setor aliment�cio e o de bebidas estiveram entre os que registraram os melhores dados, em um relat�rio que mostrou a maior cria��o de postos de trabalho mensal desde fevereiro.
A tr�s meses das elei��es, com uma campanha dominada pela economia e pelo emprego, os Estados Unidos contam oficialmente com 12,8 milh�es de pessoas desempregadas, ou seja, 100.000 a mais que em junho.
O presidente norte-americano teve uma rea��o prudente ante as cifras.
"Ainda h� muita gente buscando trabalho, temos que fazer muitos esfor�os por eles", afirmou Obama.
"Sab�amos quando comecei nesse posto que isso (uma recupera��o) iria demorar um tempo. N�o t�nhamos uma crise econ�mica t�o profunda nem t�o dolorosa desde a d�cada de 1930", afirmou.
A Casa Branca disse por sua vez que este relat�rio aporta mais "evid�ncia de que a economia continua se recuperando ap�s a pior crise desde a Grande Depress�o".
O candidato republicano �s presidenciais, Mitt Romney, criticou o aumento do desemprego em julho, que tocou a m�xima desde fevereiro.
"O aumento da taxa de desemprego hoje � um golpe para as fam�lias de classe m�dia que passam por dificuldades", afirmou o republicano em um comunicado, no qual prometeu criar 12 milh�es de empregos em seu primeiro mandato. "Registramos 42 meses consecutivos com uma taxa de desemprego superior a 8%. A classe m�dia norte-americana merece algo melhor", completou.
Contudo, as novas cifras de cria��o de emprego tornam dif�cil para Romney tirar o foco dos temas que o tem prejudicado nas encostas.
No m�s passado, Romney foi criticado pela falta de transpar�ncia sobre sua declara��o fiscal, seus neg�cios e seu plano de impostos, al�m de receber coment�rios negativos ap�s sua visita a Reino Unido, Israel e Pol�nia.
Com isso, esta semana, uma sondagem da Universidade de Quinnipac/CDS News/The New York Times concedeu ao menos 50% da inten��o de voto a Obama na Fl�rida, Pensilv�nia (norte) e Ohio (norte), tr�s estados considerados cruciais.
Os mercados reagiram bem aos dados. O Dow Jones Industrial Average subiu 1,2% na abertura e �s 14H45 GMT (11H45 de Bras�lia) acumulava alta de 1,64%.