(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Oposi��o e governo se espelham no Brasil

Opositor Capriles anuncia prioridade para as rela��es com Dilma Rousseff. Ch�vez, que tem o aval de Lula, faz ataques


postado em 02/10/2012 09:46

Na �ltima semana de campanha para a elei��o presidencial na Venezuela, o candidato opositor, Henrique Capriles Radonski, que tenta desbancar o favoritismo do presidente Hugo Ch�vez, aposta no Brasil como fator parta reverter a tend�ncia predominante nas pesquisas. Enquanto Ch�vez desfila na campanha de tev� uma mensagem de apoio do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, Capriles anunciou que pretende adaptar para o pa�s a experi�ncia dos programas sociais brasileiros e garantiu que ter� com o governo de Dilma Rousseff uma rela��o melhor que a mantida pelo atual l�der bolivariano. A seis dias da vota��o, Capriles aproveitou uma entrevista a correspondentes estrangeiros para dizer que, se eleito, escolher� o Brasil como destino de uma de suas primeiras visitas oficiais.

Em rela��o � amizade entre Lula e Ch�vez, o opositor foi direto: "Sigo modelos, e governar n�o se trata de personalizar as coisas. O Brasil tem sido bem-sucedido e, com todos os recursos que temos, podemos atingir as metas conquistadas pelo governo brasileiro", acrescentou. O candidato da coliga��o Mesa da Unidade Democr�tica (MUD) garantiu ter escolhido seu companheiro de chapa e o ministro da Defesa que nomear�, caso ven�a. Capriles n�o antecipou nomes, mas indicou que o titular da Defesa ser� "um general da ativa das For�as Armadas".

Ch�vez, candidato a mais um mandato ap�s 13 anos no poder, tem concentrado os esfor�os em atacar a oposi��o, � qual se refere como "a burguesia". O presidente acusa os advers�rios de "manipular" pesquisas de maneira a denunciar como fraudulento um resultado desfavor�vel no domingo. Ontem, em com�cio com milhares de correligion�rios em sua cidade natal, Sabaneta, ele denunciou v�nculos entre a coaliz�o de Capriles e atividades ilegais. "O dinheiro de sua campanha vem de grandes empres�rios, banqueiros foragidos, alguns mafiosos, lavagem de dinheiro, narcotr�fico", afirmou, sem mais detalhes.

PESQUISAS A controv�rsia sobre a suposta "manipula��o" de pesquisas, mencionada pelo presidente, coincidiu com o encerramento do prazo legal para publica��o de sondagens. A maioria dos institutos continuava a apontar Ch�vez como favorito para manter-se no Pal�cio de Miraflores por mais seis anos, mas sem configurar uma tend�ncia eleitoral irrevers�vel. A empresas Hinterlaces mostrou o presidente com vantagem de 15 a 18 pontos percentuais, enquanto a Datan�lisis apurou uma dianteira de 10 pontos percentuais. �nico a destoar, como nas rodadas precedentes de pesquisas, o Consultores 21 apontou Capriles como vencedor, com 46,5% das inten��es de voto, contra 45,7% para o presidente, que representa o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

Eduardo Gamarra, professor do Departamento de Pol�tica e Rela��es Internacionais da Universidade Internacional da Fl�rida (EUA), lamenta a falta de credibilidade das pesquisas na Venezuela. "Mesmo as de institui��es consideradas s�rias est�o no meio da bagun�a entre as que d�o vit�ria a Ch�vez ou a Capriles", avalia. Embora acredite que Ch�vez vencer�, Gamarra considera que a vit�ria ser� mais apertada que nas disputas anteriores, gra�as � unidade da oposi��o em torno de um candidato capaz de capitalizar o descontentamento e o desgaste da imagem do presidente, no poder desde 1999.

Cerca de 19 milh�es de venezuelanos v�o �s urnas no domingo e, segundo estimativas do professor de estudos latino-americanos Alejandro Velasco, da Universidade de Nova York (EUA), Ch�vez deve vencer com uma margem de 51% a 48%, ou 49% a 47%. "Se Capriles perder por pouca diferen�a, que � o mais plaus�vel, o melhor que ele tem a fazer � aceitar a derrota e us�-la no contexto de um presidente enfraquecido, que j� n�o comanda grandes maiorias", descreveu. Em seguida, sugere Velasco, Capriles deve mobilizar seu aparato de campanha para atuar nas elei��es regionais, em dezembro, e nas locais, em abril de 2013. Com esse m�todo, ele acredita que Ch�vez perderia parte do apoio que possui ao redor do pa�s, facilitando uma vit�ria opositora nas pr�ximas vota��es presidenciais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)