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Estado de Minas

Ativistas denunciam desaparecimento de 28 mil pessoas na S�ria

Grupo de ativistas Avaaz acusa regime de abduzir opositores como m�todo de intimida��o. Bombardeio a�reo deixa mais de 40 mortos, na v�spera da chegada de mediador a Damasco


postado em 19/10/2012 08:02

Jovens se desesperam diante dos ataques da aviação em Maaret al-Numan, cidade tomada pelos insurgentes desde a semana passada(foto: AFP PHOTO/BULENT KILIC )
Jovens se desesperam diante dos ataques da avia��o em Maaret al-Numan, cidade tomada pelos insurgentes desde a semana passada (foto: AFP PHOTO/BULENT KILIC )
A organiza��o de ativistas Avaaz denunciou que as for�as do governo do presidente Bashar al-Assad t�m praticado sequestros de opositores e s�o respons�veis pelo desaparecimento de pelo menos 28 mil pessoas na S�ria. O grupo acredita que s�o casos de "desaparecimento for�ado", configurado quando o Estado abduz pessoas. O Avaaz utilizou depoimentos de advogados que lutam pelos direitos humanos e de fam�lias das pessoas desaparecidas para fundamentar seu an�ncio. De acordo com o grupo, for�as de seguran�as v�o �s ruas do pa�s para espalhar terror, capturando pessoas e levando-as para serem torturadas. “Os s�rios est�o sendo tirados das ruas pelas for�as de seguran�a nacional e os paramilitares est�o desaparecendo nas celas de tortura”, disse a diretora do Avaaz, Alice Jay. O desaparecimento for�ado � considerado crime contra a humanidade, de acordo com lei internacional. O Avaaz diz ter o nome de 18 mil desaparecidos e ter ci�ncia de outros 10 mil casos. “� um m�todo de intimida��o. N�o saber onde seu marido ou seu filho est�, ou se ele est� vivo, alimenta o medo e ajuda a silenciar os insurgentes.” Anteriormente, outros grupos de direitos humanos acusaram os rebeldes da S�ria de se utilizarem da mesma pr�tica, raptando pessoas favor�veis ao regime de Al-Assad. Um v�deo que acompanha a declara��o do Avaaz mostra dois soldados parando um homem e uma mulher, for�ando-os ao ch�o e arrastando-os para longe. O filme exibe tamb�m uma entrevista com um homem dizendo que sua esposa havia sido sequestrada h� seis meses no distrito de Baba Amr, de Homs, que foi parcialmente atingido por bombardeios do governo. Uma organiza��o s�ria de direitos humanos relatou que at� 80 mil pessoas desapareceram, acrescentou o Avaaz, uma rede que auxilia ativistas da oposi��o na S�ria juntamente com outras causas em todo o mundo. Os dados n�o puderam ser verificados de forma independente. O Avaaz disse que entregar� a rela��o dos raptos ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, porque, segundo o grupo, o n�mero de desaparecimentos indica que h� uma rela��o entre todos eles. Crian�as Os combates entre rebeldes e for�as leais ao regime continuam intensos em v�rias regi�es do pa�s. Uma s�rie de ataques a�reos realizados pelo governo matou pelo menos 44 pessoas no Norte do pa�s. Os bombardeios ocorreram na madrugada e manh� de ontem, atingindo cinco cidades nas prov�ncias de Aleppo e Idlib. V�deos com imagens fortes foram feitos por moradores e ativistas na cidade de Maaret al-Numan, que foi bastante bombardeada. As bombas da for�a a�rea destru�ram dois edif�cios residenciais e uma mesquita, onde muitas mulheres e crian�as se refugiavam. Os socorristas informaram a retirada de 44 corpos dos escombros. “Retiramos no total 44 mortos dos escombros, entre eles muitas crian�as", afirmou um deles. Na periferia de Maaret al-Nooman, os rebeldes anunciaram um ataque final contra a base de Wadi Deif, cercada por eles h� v�rios dias. Cerca de 250 soldados est�o entrincheirados na base que abriga uma importante quantidade de material militar e muni��es, al�m de controlar um caminh�o que abastece Aleppo com combust�vel, segundo os insurgentes. A escalada da viol�ncia ocorre na v�spera da chegada em Damasco do emiss�rio da ONU e da Liga �rabe, Lakhdar Brahimi, que aposta em um acordo de cessar-fogo durante a festa mu�ulmana de Eid al-Adha, ap�s a recep��o favor�vel do poder e da oposi��o da proposta. A uma semana dessa festa mu�ulmana, que acontece do dia 26 ao 28 de outubro, as for�as do regime intensificaram os ataques contra redutos rebeldes no Norte. Apenas ontem, 162 pessoas morreram no pa�s (84 civis, incluindo 13 crian�as e nove mulheres, 57 soldados, 21 rebeldes), segundo o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH). A oposi��o disse estar pronta para aceitar uma tr�gua, desde que o regime implemente o cessar-fogo primeiro. No entanto, analistas duvidam da efic�cia dessa tr�gua, devido � complexidade do conflito e das diverg�ncias internacionais sobre uma solu��o. “Uma tr�gua tempor�ria � poss�vel, mas ela n�o teria import�ncia estrat�gica nem car�ter permanente”, declarou Paul Salem, diretor do Centro Carnegie para o Oriente M�dio. A alta comiss�ria da ONU para os direitos humanos, Navi Pillay, pediu que o Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas "fale a uma s� voz", citando uma "situa��o simplesmente desesperada".


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