
A legista Mary Jerram, de Nova Gales do Sul, afirmou que n�o podia determinar a causa da morte do estudante de 21 anos em mar�o, mas destacou que "� imposs�vel pensar que teria falecido sem a a��o policial".
Todas as recomenda��es da funcion�ria foram aceitas pela pol�cia, incluindo que os cinco agentes envolvidos sejam alvo de uma a��o disciplinar e que seja realizada uma imediata revis�o dos crit�rios de uso de armas (de choque) Taser pela pol�cia local.
O chefe de pol�cia Andrew Scipione afirmou, no entanto, que os Taser podem ser utilizados e que "estas armas salvam vidas".
Os policiais interpelaram Roberto Curti na rua, ap�s o jovem consumir LSD com dois amigos, acreditando que o brasileiro havia assaltado uma loja de conveni�ncia minutos antes.
Roberto recebeu ao menos 14 choques com armas Taser, foi jogado ao ch�o e teve spray de pimenta pulverizado contra o rosto, em uma a��o "negligente, descuidada, perigosa e de for�a excessiva", destacou Jerram.
"Houve abuso da for�a policial em v�rios momentos. Eles tiveram comportamento, em parte, de delinquentes", completou.
O uso da arma Teaser foi "selvagem e fora de controle" contra o jovem brasileiro, com os policiais agindo "sem a menor ideia do que havia ocorrido" antes de interpelar Roberto Curti, que gritava com meia tonelada de agentes sobre ele, segundo a legista.
Os policiais afirmaram que Roberto Curti parecia um "super-humano", reagindo com extrema for�a, mas as c�meras revelam que ele foi rapidamente algemado ap�s ser jogado ao ch�o.
Mary Jerram concluiu que mesmo ap�s estar com os bra�os e as pernas imobilizados, com um agente sobre as suas costas, Roberto Curti foi atingido por disparos de Taser e jatos de spray de pimenta no rosto.
Minutos depois, desfaleceu e n�o pode mais ser revivido.
Parentes de Curti elogiaram as conclus�es da justi�a, mas destacaram que continuar�o lutando por uma puni��o para os policiais.
"Sabemos que nada vai devolver Beto, mas continuaremos lutando para que os respons�veis enfrentem as consequ�ncias deste comportamento escandaloso naquela noite", afirmou � imprensa Michael Reynolds, porta-voz dos familiares do brasileiro.