O �nico sobrevivente do grupo respons�vel pelos atentados de Mumbai em novembro de 2008, que deixaram 166 mortos, foi enforcado nesta quarta-feira em uma penitenci�ria indiana.
Mohammed Kasab, um paquistan�s de 24 anos, foi executado �s 07h30 (00h00 de Bras�lia) na penitenci�ria Yerwada de Pune, no estado de Maharashtra.
O pedido de clem�ncia do condenado foi rejeitado pelo presidente Pranab Mukherjee.
Os outros nove membros do grupo fortemente armado, que atacou hot�is de luxo, um restaurante tur�stico, a principal esta��o de trem e um centro judaico de Mumbai entre os dias 26 e 29 de novembro, foram mortos pelas for�as de seguran�a.
"Kasab merecia a pena capital. (...) Um cap�tulo triste e doloroso acaba de ser encerrado", considerou o ex-ministro do Interior P. Chidambaram, que assumiu o cargo ap�s os ataques com a tarefa de reformar a pol�cia e os servi�os de intelig�ncia.
Na aus�ncia de reivindica��o do corpo por autoridades paquistanesas, Kasab foi enterrado no recinto da pris�o, onde foi transferido h� dois dias, depois de passar quase quatro anos na pris�o em Mumbai.
Ele n�o fez um �ltimo pedido, de acordo com autoridades locais, apenas que avisassem sua m�e de sua morte.
Kasab, ex-oper�rio e pequeno delinquente, foi reconhecido como um dos autores do massacre na esta��o, onde 52 pessoas foram mortas, e foi condenado � morte em maio de 2010 por assassinato, atos de guerra contra a �ndia, compl� e terrorismo.
Nas ruas de Mumbai, muitos festejavam a execu��o, soltando, inclusive, fogos de artif�cio.
Mumina Khatoon, que perdeu o marido na explos�o de uma bomba colocada em um t�xi pelo grupo, declarou estar contente com a morte do "monstro".
O atirador, que se queixava de n�o ter tido direito a um julgamento justo, fez um apelo que n�o foi aceito pela Suprema Corte.
Durante o julgamento, a acusa��o apresentou provas contundentes contra o r�u, citando a presen�a de impress�es digitais, tra�os de DNA e o testemunho direto de pessoas que relataram como Kasab atirou e jogou granadas na multid�o.
A defesa tentou desacreditar as acusa��es, afirmando que as provas haviam sido fabricadas e as testemunhas manipuladas.
A �ndia acusa um grupo do Paquist�o, o Lashkar-e-Taiba (LeT), de ter planejado os atentados com o apoio "de elementos do Estado" paquistan�s, algo que Islamabad nega.
Kasab chegou a se declarar inocente, antes de reconhecer ser um dos pistoleiros enviados pelo LeT.
Ap�s os ataques, as rela��es entre �ndia e Paquist�o, dois pa�ses rivais do sul da �sia que travaram tr�s guerras desde a independ�ncia de ambos os pa�ses, em 1947, foram prejudicadas e o processo de paz, iniciado em 2004, interrompido, antes de ser retomado oficialmente no ano passado.
A �ltima execu��o na �ndia ocorreu em 2004.
Os condenados � morte geralmente esperam anos no corredor da morte, mas parentes das v�timas, pol�ticos e a imprensa exigiram uma execu��o r�pida do Paquist�o ap�s a confirma��o do veredicto.
