
"� absolutamente imprescind�vel me submeter a uma nova interven��o cir�rgica e isso deve ocorrer nos pr�ximos dias, inclusive digo que os m�dicos recomendavam que fosse ontem (sexta-feira), no mais tardar ontem ou este fim de semana, mas eu disse n�o", explicou o presidente, que na sexta-feira retornou de Cuba depois de se submeter durante nove dias a um tratamento m�dico.
Ch�vez, de 58 anos e desde 1999 no poder, foi diagnosticado pela primeira vez com c�ncer em junho de 2011 e j� sofreu uma reca�da em fevereiro deste ano.A gravidade e a localiza��o exata de sua doen�a nunca foram reveladas - embora tenha sido informado que o primeiro foco foi na �rea p�lvica -, e o presidente foi tratado quase exclusivamente em Cuba, onde, al�m de ser operado, tamb�m recebeu ciclos de quimioterapia e radioterapia.
Assim, Ch�vez disse no s�bado que voltar� neste domingo a Cuba para se submeter � cirurgia, ao mesmo tempo em que pediu aos venezuelanos que, se ocorresse algo que o "inabilitasse de alguma maneira" para assumir em janeiro um novo mandato - que venceu nas elei��es de outubro -, elegessem o vice-presidente Nicol�s Maduro como novo presidente."Se ocorresse alguma coisa que me inabilitasse de alguma maneira, Nicol�s Maduro nesta situa��o deve concluir, como manda a Constitui��o, o per�odo" antes da convoca��o de elei��es e "voc�s elejam Maduro como presidente da Rep�blica, pe�o isso do meu cora��o", disse um emocionado Ch�vez, que pela primeira vez fez refer�ncia a sua poss�vel sa�da de cena.
A Constitui��o venezuelana estabelece que se ocorrer a falta absoluta de um presidente antes da posse, dever�o ser realizadas novas elei��es em um per�odo de 30 dias e, enquanto isso, o presidente do Parlamento assumir� o cargo. Se a falta ocorrer nos primeiros quatro anos de mandato, tamb�m ser�o convocadas elei��es, mas o vice-presidente exercer� temporariamente o cargo.Maduro, que atua h� mais de seis anos como chanceler da Venezuela, foi nomeado vice-presidente por Ch�vez poucos dias ap�s o presidente ser reeleito para o per�odo 2013-2019 e desde ent�o exerce ambos os cargos.
"Independentemente dos resultados de seu tratamento futuro, Ch�vez deixa clara a sucess�o para enfrentar qualquer divis�o interna", afirmou em sua conta do Twitter Luis Vicente Le�n, presidente da empresa Datan�lisis.Le�n tamb�m considerou que, se a sucess�o de Maduro "ocorrer, a maior probabilidade � que seja com Ch�vez vivo para consolid�-la internamente".
Trata-se da primeira vez que o presidente fala abertamente de sua eventual sucess�o.Maduro, junto a uma dezena de ministros, acompanhou Ch�vez durante o discurso de s�bado, no qual o presidente - apesar de se mostrar aflito por alguns momentos - tamb�m demonstrou for�a e bom-humor, ao convocar a unidade dos seus e at� mesmo entoar uma can��o.
Ch�vez, que entre julho e outubro protagonizou uma campanha eleitoral at�pica com poucos giros e apari��es, esteve totalmente ausente da vida p�blica por tr�s semanas antes de retornar na sexta-feira de Cuba, para onde havia partido no dia 27 de novembro para um tratamento complementar de oxigena��o hiperb�rica."Eu decidi vir fazendo um esfor�o adicional, na verdade, e, bom, as dores s�o de alguma import�ncia. (Estou) com o tratamento de calmantes e estamos em uma fase pr�-operat�ria, preparando tudo. Eu preciso retornar a Havana amanh� (domingo)", disse o presidente, explicando que retornou ao pa�s para deixar os venezuelanos cientes de sua reca�da.
Antes de voltar neste domingo a Cuba, tamb�m explicou que pedir� autoriza��o ao Parlamento para deixar o pa�s por mais de cinco dias.Pouco depois do an�ncio de Ch�vez, as redes sociais venezuelanas receberam milhares de mensagens sobre a sa�de do presidente e alguns de seus colaboradores convocaram correntes de ora��o para este domingo em todo o pa�s.