A guerrilha das FARC criticou nesta quinta-feira a insensatez do presidente da Col�mbia, Juan Manuel Santos, a quem acusou de intensificar a guerra no pa�s, e o convidou a assinar um tratado para proteger as v�timas do conflito armado interno.
"Em contraste com nossa atitude de humanidade(ao decretar cessar-fogo unilateral, em vigor desde 20 de novembro), o presidente Santos anuncia que intensificar� a guerra em todo o territ�rio nacional; uma insensatez que carece de sintonia com o clamor majorit�rio da na��o", disse o grupo rebelde em um comunicado lido por seu n�mero dois, Iv�n M�rquez.
"Se o governo continua obstinado com a guerra, deveria, pelo menos, atenuar seus efeitos na popula��o com a assinatura de um tratado de regulariza��o", que permita "preservar a vida das pessoas e o respeito a seus direitos", assim como o trato "aos combatentes mortos em combate, aos prisioneiros e � popula��o em �reas de opera��es militares", acrescentou.
O texto, lido antes do come�o da sess�o de negocia��es com a delega��o do governo em Havana, destacou que "todo o mundo sabe na Col�mbia que as FARC n�o se dobra a press�es militares".
As FARC (For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia, comunistas) j� haviam proposto anteriormente ao governo um acordo para proteger as v�timas do conflito.
M�rquez, chefe da equipe negociadora da guerrilha, destacou que "o ideal seria entrar em acordo mais adiante sobre um cessar-fogo bilateral (...) como aporte das partes beligerantes ao esfor�o para encontrar" a paz.
O governo de Santos rejeitou se juntar ao cessar fogo de dois meses, que as FARC anunciaram de forma unilateral no dia 19 de novembro ao iniciar as conversas de paz em Havana, que nesta primeira etapa estiveram centradas no complicado tema agr�rio.
A delega��o do governo, liderada pelo ex-vice-presidente colombiano Humberto de la Calle, n�o ofereceu declara��es a sua entrada �s pr�ticas nesta quinta-feira no Pal�cio das Conven��es.
As negocia��es, que completaram um m�s na quarta-feira, buscam p�r fim a um conflito de quase meio s�culo, que causou 600.000 mortes, 15.000 desaparecidos e 4 milh�es de desalojados, segundo n�meros oficiais.