A ONU readmitiu a Bol�via esta sexta-feira em sua Conven��o de Viena sobre as drogas, com a inclus�o da reserva � mastiga��o de coca, exigida pelo pa�s sul-americano, ap�s vencer o per�odo de obje��es a esta solicita��o.
"A secretaria-geral aceitou a solicita��o hoje, 11 de janeiro de 2012, do instrumento de admiss�o da Bol�via com sua reserva", destacou um comunicado enviado � AFP em Nova York por um porta-voz da ONU.
"Dos 183 Estados que ratificaram firmaram a conven��o, 15 se opuseram a reserva da Bol�via (Estados Unidos, Reino Unido, Su�cia, It�lia, Canad�, Fran�a, Alemanha, R�ssia, Holanda, Finl�ndia, Portugal, Irlanda, Jap�o e M�xico)", acrescentou o texto.
A conven��o voltar� a reger para a Bol�via a partir de 10 de fevereiro pr�ximo, destacou o comunicado.
La Paz denunciou em junho de 2011 a Conven��o de 1961 sobre drogas e entorpecentes por considerar que este acordo o obrigava a banir a mastiga��o de coca, uma pr�tica ancestral no pa�s e comum entre ind�genas e oper�rios.
Seis meses depois, seu presidente Evo Morales pediu a readmiss�o do pa�s com seu veto � proibi��o.
Durante 2012, de acordo com normas da Junta Internacional de Entorpecentes (JIFE) da ONU, os pa�ses-membros deste organismo internacional tiveram que se pronunciar sobre o pedido boliviano, prazo que concluiu esta segunda-feira.
� preciso pelo menos um ter�o dos 183 pa�ses-membros da Organiza��o (isto �, 62) para rejeitar a posi��o do pa�s andino.
Segundo a ONU, na Bol�via h� 27.200 hectares de coca. O governo boliviano s� reconhece 12.000 hectares.
A Bol�via faz esfor�os desde a d�cada de 1980 do s�culo passado para reduzir seus cultivos excedentes da folha, enquanto que Evo Morales, l�der dos cocaleros, empreende a��es oficiais para sua industrializa��o.
Especialmente, as etnias quechua e aimara utilizam as folhas de coca para mascar que, dizem, mitiga a fome, a sede e o cansa�o.
Enquanto aguardavam esta decis�o com expectativa, v�rios sindicatos de cocaleros, aliados do presidente Morales, anunciaram para a pr�xima segunda-feira um dia 'pijcheo' maci�o (mastiga��o em idioma quechua) em v�rias cidades do pa�s.
A ONG americana WOLA (Washington Office on Latin America), de promo��o dos direitos humanos, a democracia e a justi�a social foi uma das primeiras a reagir a not�cia da readmiss�o e celebrou a "merecida vit�ria" da Bol�via com rela��o � folha de coca.
A readmiss�o "representa a bem sucedida conclus�o de um �rduo processo no qual a Bol�via tentou reconciliar suas obriga��es correspondentes a tratados internacionais, com sua Constitui��o promulgada em 2009, que o obriga a defender a folha de coca como parte do patrim�nio cultural do pa�s", destacou a WOLA em um comunicado.