
Bamako – Depois de meses de dom�nio de rebeldes isl�micos no Norte do Mali e do constante avan�o dos militantes, a Fran�a anunciou que tropas do pa�s deram in�cio a opera��es militares para combat�-los e prestar apoio ao governo de Bamako. O conflito teve in�cio em 2011, quando diversos grupos militantes islamitas e tuaregues invadiram a regi�o do Sahel, no Norte do pa�s, e deram in�cio � conquista de v�rias cidades com o objetivo de fundar o Estado Isl�mico do Azawad. O local virou um santu�rio para grupos isl�micos extremistas, sequestradores e traficantes de pessoas. Os islamitas impuseram a lei isl�mica, sharia, sobre a regi�o.
O governo da ex-col�nia francesa entrou em colapso no in�cio de 2012, quando uma dissid�ncia dos militares derrubaram o governo e impuseram uma junta militar no comando do pa�s. Depois da press�o dos pa�ses vizinhos, um governo interino foi institu�do. Na noite de quinta-feira, o presidente de facto do Mali, Dioncounda Traore, fez um pedido desesperado pela ajuda militar francesa para barrar o avan�o dos islamitas e dos tuaregues.
O presidente da Fran�a, Fran�ois Hollande, declarou que tropas francesas j� est�o no Mali para ajudar o Ex�rcito local a recha�ar os rebeldes, que nesta semana tomaram a cidade de Konna, no Sahel, e avan�am em dire��o ao Oeste. “Nessa tarde, For�as Armadas francesas deram apoio a unidades do Ex�rcito do Mali na luta contra os terroristas", disse Hollande em Paris. "Essa opera��o durar� o quanto for necess�rio.” Os Estados Unidos e a Uni�io Africana saudaram a iniciativa francesa.
Al�m das tropas francesas, soldados do Senegal e da Nig�ria chegaram ao Mali ontem, disse o porta-voz do Minist�rio da Defesa do Mali, Diarran Kone. O ex�rcito mal�s, enquanto isso, prepara uma ofensiva para retomar a cidade de Konna, que fica a 700 quil�metros a leste da capital, Bamako. Confrontos entre soldados e islamitas deixaram 43 mortos no Centro do pa�s. No ano passado, a Fran�a pressionou o Conselho de Seguran�a da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) a votar uma interven��o militar no Mali contra os islamitas, algo que foi aprovado por unanimidade em dezembro. A resolu��o da ONU, contudo, previa o envio de uma tropa de pa�ses africanos de 3 mil soldados, ao longo de 2013.