O Ex�rcito franc�s, com apoio das for�as armadas do Mali, entrou nesta segunda-feira Diabali e Duentza, duas cidades que estavam nas m�os dos islamitas, dando continuidade a sua ofensiva contra os grupos ligadas � Al-Qaeda que ocupam grande parte do Mali.
Os 2.000 soldados franceses da opera��o Serval que j� est�o mobilizados no Mali consolidaram suas posi��es em Niono e Sevare, dois pontos estrat�gicos centenas de quil�metros a nordeste de Bamako.
Nesta segunda-feira, ap�s uma reuni�o extraordin�ria entre ministros, o governo anunciou a decis�o de estender por tr�s meses o estado de emerg�ncia, em vigor desde o dia 12 de janeiro, para "assegurar o bom desenvolvimento das opera��es militares para a liberta��o das regi�es ocupadas do pa�s".
De acordo com o governo, o estado de emerg�ncia tamb�m � necess�rio para "manter um clima social sereno".
Niono, 350 km a nordeste de Bamaco, est� localizada a 60 km de Diabali, regi�o tomada no dia 14 de janeiro pelos islamitas que, segundo o Ex�rcito malinense, foi abandonada em parte ap�s os intensos bombardeios da avia��o francesa.
Nesta segunda, uma coluna de cerca de trinta ve�culos blindados, na qual havia cerca de 200 soldados malinenses e franceses, entrou na cidade �s 09h00 locais (07h00 de Bras�lia) sem encontrar resist�ncia, indicou um jornalista da AFP que acompanha os militares.
O ministro da Defesa franc�s, Jean-Yves Le Drian, havia dito no domingo que Diabali ainda n�o tinha sido reconquistada. "Tudo parece indicar que a evolu��o de Diabali ser� positiva nas pr�ximas horas", disse.
O Ex�rcito malinense patrulhou no s�bado os arredores da cidade, onde a situa��o n�o � muito clara, segundo um oficial franc�s, que explicou que, "ao que parece, os combatentes rebeldes deixaram a cidade".
Por sua vez, um coronel do Ex�rcito malinense havia afirmado que uma "parcela da popula��o de Diabali se uniu �s teses jihadistas, raz�o pela qual devemos ser prudentes nas pr�ximas horas".
Sevare, 630 km a nordeste de Bamaco, que disp�e de um aeroporto, � outra cidade-chave para o avan�o das opera��es em dire��o �s cidades do norte do pa�s, como Timbuctu, Gao ou Kidal, ocupadas desde o fim de mar�o de 2012 pelos grupos islamitas armados.
V�rias fontes indicaram que os islamitas recuaram do centro do pa�s em dire��o a Kidal, no extremo nordeste, a 1.500 km de Bamaco, perto da fronteira argelina. Kidal foi a primeira cidade do norte conquistada pelos rebeldes tuaregues do Movimento Nacional para a Liberta��o de Azawad (MNLA) e pelos islamitas que, posteriormente, expulsaram os tuaregues.
No domingo, novos pa�ses atenderam ao apelo por ajuda log�stica e financeira da Comunidade Econ�mica de Estados da �frica Ocidental (Cedeao) para a mobiliza��o da MISMA (Miss�o Internacional de Apoio ao Mali), que ser� composta por 5.800 militares de diferentes pa�ses da �frica.
O presidente da Comiss�o da Cedeao, Desire Kadre Ouedraogo, pediu � comunidade internacional que se mobilize para financiar a MISMA. Segundo ele, uma primeira avalia��o situa as necessidades em "500 milh�es de d�lares".
O financiamento das opera��es da MISMA era avaliado at� agora entre 199 e 266 milh�es de d�lares. A Uni�o Europeia (UE) decidiu participar com 66 milh�es de d�lares.
Cerca de 2 mil membros da MISMA ser�o mobilizados antes de 26 de janeiro, mas at� agora s� chegaram a Bamako cerca de 150 soldados.
No entanto, o presidente do Egito, Mohamed Mursi, expressou sua oposi��o � interven��o militar multinacional no Mali, alegando que a iniciativa "alimentar� o conflito na regi�o".
"N�o queremos que seja criado um novo ambiente de conflito sangrento na �frica", disse Mursi durante um discurso pronunciado na abertura de uma c�pula econ�mica �rabe em Riad, na Ar�bia Saudita.
O primeiro-ministro da Arg�lia, Abdelmalek Sellal, por sua vez, disse que seu pa�s defendia a manuten��o da integridade do Mali, mas adiantou que seu governo n�o enviar� nenhum soldado para participar da for�a multinacional que tentar� expulsar os rebeldes islamitas do Norte malinense.
No domingo, o grupo islamita Ansar Dine (Defensores do Isl�), aliado da Al-Qaeda no Magreb Isl�mico (AQMI), forneceu seu primeiro registro da guerra. O grupo, que afirma ter matado 60 soldados malinenses e ter derrubado dois helic�pteros franceses desde 10 de janeiro, tamb�m reconheceu a perda de oito mujahedines.
As autoridades malinenses indicaram a morte de 11 soldados em combates ao redor de Konna, enquanto Paris havia anunciado o falecimento de um piloto de helic�ptero.