Trinta e sete estrangeiros, um argelino e 29 agressores foram mortos durante o ataque seguido de sequestro por um grupo islamita armado em um campo de explora��o de g�s na Arg�lia, anunciou nesta segunda-feira o primeiro-ministro argelino, Abdelmalek Sellal.
"Trinta e sete estrangeiros de oito nacionalidades diferentes foram mortos, muitos deles executados com um tiro na cabe�a", no epis�dio sangrento que durou quatro dias, declarou durante uma coletiva de imprensa. Al�m disso, um argelino foi morto.
Este � um registro provis�rio, segundo o premi�. Cinco estrangeiros ainda est�o desaparecidos, ap�s o ataque que teve in�cio na quarta-feira e culminou no s�bado com uma grande ofensiva militar neste campo de g�s de In Amenas, no sudeste da Arg�lia.
Sellal n�o informou a nacionalidade das v�timas. Entre os estrangeiros confirmados mortos por seus pa�ses est�o um franc�s, um americano, dois romenos, tr�s brit�nicos, seis filipinos e sete japoneses.
A Noruega indicou que n�o tem not�cias de cinco de seus cidad�os, a Mal�sia de dois, as Filipinas de quatro, enquanto que as autoridades afirmaram que tr�s brit�nicos desaparecidos est�o provavelmente mortos, assim como um colombiano.
O premi� indicou que sete corpos entre os 37 de estrangeiros n�o foram identificados, enquanto cinco pessoas continuam desaparecidas.
Canadenses entre os sequestradores
Entre os extremistas, 29 foram mortos e tr�s presos, segundo o primeiro-ministro, acrescentando que "32 terroristas vieram do norte do Mali".
Al�m dos tr�s argelinos, o grupo armado era composto por homens de nacionalidade tunisiana, canadense, eg�pcia, malinense, nigeriana e mauritana. Eles eram liderados pelo argelino Mohamed el-Amine Benchenab, velho conhecido dos servi�os de intelig�ncia e que foi morto durante a ofensiva militar, explicou Sellal.
Ele confirmou que os sequestradores eram membros do grupo "Aqueles que assinam com sangue", de Mokhtar Belmokhtar, um dos fundadores da Al-Qaeda no Magreb Isl�mico (Aqmi) que fundou em outubro seu pr�prio grupo.
Este grupo amea�a fazer novos ataques, sobretudo contra a Fran�a, noticiou na noite desta segunda-feira o seman�rio franc�s Paris-Match, assegurando ter contactado seu porta-voz. A Fran�a "(...) pagar� sua agress�o contra os mu�ulmanos do norte do Mali", afirmou por telefone o porta-voz, Julaybib (cujo nome verdadeiro � Hacen Ould Khalil).
O Ex�rcito libertou desde quinta-feira a maioria das centenas de pessoas -argelinas e estrangeiras- que estavam no campo de g�s explorado pelos grupos noruegu�s Statoil, pelo brit�nico BP e pelo argelino Sonatrach.
Um ref�m filipino que conseguiu escapar do cativeiro, Joseph Balmaceda, contou que o grupo islamita utilizou os ref�ns "como escudos humanos" para proteg�-los dos disparos das tropas argelinas.
"Pediram-nos que levant�ssemos os bra�os. As tropas do governo n�o podiam atirar neles enquanto estavam com a gente", acrescentou o homem, visivelmente esgotado, em sua chegada � Manila.
Ele diz ter sido o �nico sobrevivente de um grupo de nove ref�ns colocados em uma caminhonete na qual os extremistas amarraram explosivos e que explodiu durante os confrontos com as tropas argelinas.
"Procuramos crist�os"
Segundo testemunhas argelinas, os agressores receberam ajuda de pessoas no local. "Havia c�mplices no interior do campo de g�s porque eles conheciam os quartos dos expatriados e os detalhes sobre o funcionamento da base", contou um deles, Riad.
"Voc�s, argelinos e mu�ulmanos, n�o precisam temer: n�s procuramos os crist�os que matam nosso irm�os no Mali e no Afeganist�o para roubar nossas riquezas", gritaram os islamitas armados aos funcion�rios argelinos.
O grupo islamita exigiu a "suspens�o imediata" da interven��o militar no Mali e a liberta��o dos islamitas.
No campo de g�s, o l�der dos sequestradores amea�ou explodir o local. Opera��es em busca de explosivos ainda est�o em curso, enquanto o retorno da produ��o da unidade ser� retomada ainda nesta semana.