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Estado de Minas

Cientistas 'imprimem' objeto tridimensional usando c�lulas-tronco


postado em 04/02/2013 22:55

Cientistas anunciaram esta segunda-feira ter conseguido imprimir, pela primeira vez, objetos tridimensionais usando c�lulas-tronco embrion�rias, um avan�o na busca por produzir �rg�os transplant�veis.

Uma vez ajustada, a tecnologia pode permitir aos cientistas criar tecidos humanos tridimensionais em laborat�rio, eliminando a necessidade de doa��o de �rg�os para transplantes ou o uso de animais em testes para medicamentos, afirmaram os pesquisadores.

As c�lulas-tronco embrion�rias humanas (hESCs, na sigla em ingl�s) podem se replicar indefinidamente e dar origem a qualquer tipo de c�lula do corpo humano.

Elas s�o apontadas como fontes de tecidos substitutos, reparando quase tudo, de cora��es a pulm�es defeituosos a les�es na espinha, mal de Parkinson e at� mesmo a calv�cie.

Os cientistas testaram previamente a impress�o tridimensional, que utiliza tecnologia de jato de tinta, com outros tipos de c�lulas, inclusive as c�lulas-tronco adultas.

At� agora, as hESCs, que s�o mais vers�teis do que c�lulas maduras, demonstraram ser muito fr�geis.

"Este � um desenvolvimento cient�fico que, esperamos e acreditamos, ter� implica��es de longo prazo imensamente valiosas para a testagem de medicamentos confi�vel sem animais, e em um prazo maior ainda, para a produ��o de �rg�os para transplante sob encomenda", afirmou Jason King, da empresa brit�nica de c�lulas-tronco Roslin Cellab, que participou da pesquisa.

A equipe de cientistas utilizou uma impressora com "m�todo de v�lvula", que depositou uma "biotinta" de l�quido contendo c�lulas-tronco embrion�rias cultivadas em laborat�rio.

As c�lulas foram expelidas com um min�sculo jato de ar e o fluxo foi controlado pela abertura e o fechamento de uma microv�lvula.

"Conseguimos imprimir milh�es de c�lulas em minutos", explicou � AFP o co-autor do estudo, Will Shu, da Universidade Heriot-Watt de Edimburgo.

"A impressora tem tamanho similar ao de uma impressora de mesa a laser padr�o", emendou.

As c�lulas vivas foram impressas em uma placa de petri e deixadas para se agregar e formar "o que chamamos de esferoide, que � como uma bola pequena", acrescentou Shu. Cada esferoide media menos que um mil�metro.

O estudo foi publicado no peri�dico Biofabrication, uma publica��o do Instituto de F�sica da Gr�-Bretanha.

O experimento n�o foi concebido para criar nada, mas para demonstrar um m�todo que n�o causaria danos �s delicadas c�lulas.

"Mais importante, as c�lulas-tronco embrion�rias impressas mantiveram sua pluripot�ncia, ou seja, a habilidade de se diferenciar e formar qualquer outro tipo de c�lula", acrescentou o Instituto de F�sica em um comunicado.

Teoricamente, a equipe consegue imprimir qualquer forma, mas ainda n�o � capaz de recriar um �rg�o humano, que precisa de um emaranhado de vasos sangu�neos.

"O desafio de imprimir um �rg�o inteiro � ter esta estrutura vascular ali dentro para alimentar, permitindo aos tecidos sobreviver no longo prazo", explicou Shu. "N�s demos o primeiro passo nessa dire��o", acrescentou.

Outro grande obst�culo � harmonizar a ci�ncia de instruir as c�lulas-tronco embrion�rias para se tornar tipos espec�ficos de tecidos.

Segundo Shu, a curto prazo, sua equipe visa a imprimir em 3D tecido hep�tico, que tem uma das estruturas biol�gicas mais simples.

Ele poderia ser, ent�o, utilizado em testes de medicamentos em laborat�rio, "o que se espera que elimine o uso de animais", afirmou.

"Eu espero que esta tecnologia possa ser execut�vel no prazo de um ano ou dois", emendou.

Uma ideia por tr�s da busca de �rg�os substitutos � desenvolver as c�lulas usando o pr�prio DNA do paciente para evitar a rejei��o.

Mas esta �rea tem sido perseguida por cr�ticas sobre o uso de embri�es nos primeiros est�gios de desenvolvimento, onde as c�lulas mais adapt�veis - ou pluripotentes - s�o encontradas.


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