Os l�deres latino-americanos lamentaram a morte do presidente da Venezuela Hugo Ch�vez, aos 58 anos, e anunciaram a "perda irrepar�vel" do dirigente ao deixar um vazio na regi�o, segundo o governo brasileiro que o definiu como "amigo do Brasil".
"Reconhecemos um grande l�der, uma perda irrepar�vel, especialmente de um amigo do Brasil", disse a presidente Dilma Rousseff ao pedir um minuto de sil�ncio durante um ato com l�deres rurais em Bras�lia.
"O presidente Ch�vez deixar� no cora��o da hist�ria e nas lutas da Am�rica Latina um vazio", destacou Dilma, que tinha "um grande carinho" pelo comandante.
Dilma decidiu cancelar a viagem que faria � Argentina nesta quinta-feira para se reunir com a presidente Cristina Kirchner.
A Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) tamb�m divulgou uma nota de pesar. O secret�rio-geral da entidade, Jos� Miguel Insulza, pediu que o povo se venezuelano se mantenha unido.
"� um momento de grande dor para os venezuelanos e os acompanhamos junto a todos os povos da regi�o", declarou Insulza em documento.
O governo da Col�mbia expressou sua "profunda tristeza" pela morte, nesta ter�a-feira, do presidente venezuelano ao relembrar o apoio que deu ao processo de paz no pa�s, segundo declara��es do chanceler Mar�a Angela Holgu�n.
"Sentimos uma profunda tristeza. Trabalhamos bem com o presidente Ch�vez. Acredito que, nestes dois anos, tivemos uma rela��o muito boa, avan�amos bastante", afirmou Holgu�n em declara��es divulgadas de seu gabinete.
Ch�vez foi "um apoio muito importante para este processo de paz que estamos (com a guerrilha comunista das Farc). Tomara que encontre a paz porque teve uma doen�a muito penosa e muito longa", destacou a chanceler colombiano.
"Sentimos um profundo pesar" pela morte de Ch�vez, afirmou Mujica, em uma curta mensagem divulgada pela Secretaria de Comunica��o da Presid�ncia, momentos antes de o Executivo anunciar que Mujica viajar� nas pr�ximas horas a Caracas.
"Sempre se sente a morte, mas quando se trata de um militante de primeira linha, de algu�m que uma vez defini como 'o governante mais generoso que conheci', a dor tem outra dimens�o. A raz�o n�o ajuda nestes casos. D� uma magnitude superior da perda", acrescentou Mujica, destacando confiar "no povo venezuelano, no governo, na fortaleza dessa democracia da qual meu amigo Ch�vez foi um grande construtor".
J� o governo equatoriano admitiu que a morte do presidente Hugo Ch�vez representa uma "perda irrepar�vel" que deixa de luto toda a Am�rica Latina e defendeu que os venezuelanos mantenham vivo o seu legado.
O governo de Rafael Correa, aliado de Ch�vez, expressou seu "profundo pesar pelo lament�vel falecimento" do presidente venezuelano, "l�der de um processo hist�rico na Am�rica", segundo um comunicado.
"Nestes momentos dif�ceis, o Equador reitera os sentimentos de especial amizade que nos une � Venezuela", indicou a nota do governo ao apontar que a fraternidade e o legado deste "memor�vel revolucion�rio continuar�o fortalecendo as rela��es entre ambos os pa�ses e a integra��o da Am�rica Latina".
"O Equador sente como pr�pria esta perda e deseja ao povo irm�o venezuelano os melhores �xitos no futuro, com a convic��o de que saber�o manter e engrandecer sua hist�ria, sua revolu��o, o desenvolvimento, a fraternidade e a solidariedade que caracterizam suas a��es", sublinhou a declara��o do governo de Correa.
A morte do dirigente venezuelano tamb�m foi lamentada pelo presidente do M�xico, Enrique Pe�a Nieto, que enviou suas condol�ncias � fam�lia e ao povo venezuelano.
"Lamento o falecimento do Presidente Hugo Ch�vez. Minhas mais sentidas condol�ncias a sua fam�lia e ao povo venezolano", declarou Pe�a Nieto em um post no Twitter.
O presidente do Chile, Sebasti�n Pi�era, qualificou Ch�vez como um l�der "profundamente comprometido com a integra��o da Am�rica Latina".
"Foi um homem profundamente comprometido com a integra��o da Am�rica Latina", afirmou Pi�era no Pal�cio La Moneda, na capital chilena.
"T�nhamos diferen�as, mas sempre soube apreciar a for�a, o compromisso com o qual o presidente Ch�vez lutava por seus ideais", acrescentou Pi�era, que antes de chegar ao poder era um empres�rio multimilion�rio de direita.
O presidente do Chile destacou ainda o impulso de Ch�vez na cria��o da Comunidade dos Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac), que realizou sua primeira c�pula em Santiago, no dia 28 de janeiro.
O presidente peruano, Ollanta Humala, expressou sua "profunda dor" pela morte de Ch�vez e desejou que, nestes momentos dif�ceis, "a unidade e a reflex�o" sejam fortalecidas de "maneira pac�fica e dentro do caminho democr�tico".
"Queremos enviar � fam�lia do amigo Hugo Ch�vez um forte abra�o, nossa solidariedade bolivariana, sul-americana e latino-americana", disse Humala em pronunciamento no Pal�cio do governo, em Lima.
A Argentina se pronunciou atrav�s do vice-presidente argentino, Amado Boudou, que expressou no Twitter a "grande dor de toda a toda Am�rica" pela morte do presidente derrotado por um c�ncer.
"H� grande dor em toda a Am�rica. Partiu um dos melhores. At� sempre, Comandante: Junto a N�stor (Kirchner, presidente argentino falecido) nos guiar�o � vit�ria dos povos!", escreveu o vice de Cristina Kirchner.
J� o presidente boliviano Evo Morales se disse "destru�do" pela morte de Ch�vez.
A Guatemala ainda expressou seu pesar. "� um momento triste que vamos manifestar nossas condol�ncias ao povo venezuelano", manifestou o chanceler guatemalteco Fernando Carrera.
O deposto ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, considerou Ch�vez como um l�der de "grande cora��o" e um dos respons�veis pela uni�o da Am�rica Latina, "um dos maiores l�deres do final do s�culo XX".
Ch�vez faleceu nesta ter�a-feira aos 58 anos, no hospital militar de Caracas �s 16H25, hora local (17h55 de Bras�lia), v�tima de um c�ncer diagnosticado em 2011.