A presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz In�cio Lula da Silva, lamentaram nesta ter�a-feira a morte do chefe de Estado venezuelano, Hugo Ch�vez, um "grande latino-americano" e "amigo do Brasil", que deixa um vazio na regi�o.
"Reconhecemos um grande l�der, uma perda irrepar�vel, especialmente de um amigo do Brasil", disse Dilma ao pedir um minuto de sil�ncio durante um ato com l�deres rurais em Bras�lia.
Dilma decidiu cancelar a viagem que faria � Argentina nesta quinta-feira para se reunir com a presidente Cristina Kirchner.
"O presidente Ch�vez deixar� no cora��o da hist�ria e nas lutas da Am�rica Latina um vazio", destacou Dilma, que tinha "um grande carinho" pelo comandante.
Al�m de um l�der, prosseguiu Dilma, Ch�vez foi um "homem generoso com todos aqueles que precisaram dele neste continente".
A presidente foi informada da morte de Ch�vez por seu assessor especial em assuntos internacionais, Marco Aur�lio Garcia, que chegou a viajar a Havana para conhecer a situa��o de Ch�vez ap�s sua quarta cirurgia contra um c�ncer, em dezembro.
Brasil e Venezuela estreitaram la�os na �ltima d�cada, durante os governos de Ch�vez e do ex-presidente Lula (2003-2010) e o de sua sucessora, Dilma Rousseff.
Em um comunicado, Lula, que se recuperou de um c�ncer na laringe, diagnosticado em 2011, expressou sua tristeza e solidariedade com o falecimento do amigo.
No documento, Lula se referiu ao companheiro como um l�der que trabalhou "por um mundo mais justo".
"Foi com muita tristeza que recebi a not�cia do falecimento do presidente Hugo Ch�vez. Sinto orgulho por ter convivido e trabalhado com ele pela integra��o da Am�rica Latina e por um mundo mais justo", declarou Lula.
"Eu me solidarizo com o povo venezuelano, com os familiares e os correligion�rios de Ch�vez, neste dia t�o triste, mas tenho a confian�a de que seu exemplo de amor � p�tria e sua dedica��o � causa dos menos favorecidos continuar�o iluminando o futuro da Venezuela", afirmou o ex-presidente em nota.
J� doente de c�ncer, Ch�vez conseguiu, com o apoio do Brasil, o ingresso da Venezuela ao Mercosul, bloco integrado tamb�m por Argentina, Uruguai e Paraguai, temporariamente suspenso do grupo. A Bol�via, outro dos aliados pr�ximos da Venezuela, iniciou os tr�mites para ingressar no final do ano passado.
"O presidente Ch�vez ser� lembrado como o l�der venezuelano que teve mais v�nculos com o Brasil e contribuiu mais com os esfor�os de integra��o regional. Sob sua Presid�ncia, a Venezuela se tornou parceiro estrat�gico do Brasil e s�cio pleno do Mercosul", afirmou o chanceler Antonio Patriota em mensagem dirigida aos meios de comunica��o.
O Senado guardou um minuto de sil�ncio pela morte de Ch�vez antes de iniciar uma sess�o na noite de ter�a-feira, informou o legislativo atrav�s de sua assessoria de imprensa.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, descreveu Ch�vez como um "amigo do Brasil", enquanto congressistas da base do governo e da oposi��o expressaram sua solidariedade aos venezuelanos pela morte de seu l�der, que ficou no poder por 14 anos.