Em uma iniciativa promovida pelos moradores do arquip�lago, 1.672 eleitores est�o convocados para dizer se desejam continuar sendo um territ�rio ultramarino da Gr�-Bretanha.
A consulta ocorre neste domingo e na segunda-feira das 13h00 �s 21h00 GMT (10h00 �s 18h00 de Bras�lia).
Cerca de 80% dos 2.563 moradores do arquip�lago vivem na capital Stanley. Mas para que todos votem haver� col�gios eleitorais em pequenos povoados remotos e urnas m�veis.
"N�s nos enganar�amos se pens�ssemos que a Argentina vai mudar (de posi��o) da noite para o dia, mas esperamos enviar uma mensagem forte a eles e aos demais", disse � AFO Jan Cheek, membro da Assembleia Legislativa das Malvinas, que os brit�nicos chamam de Falklands.
No s�bado, a embaixadora argentina em Londres, Alicia Castro, afirmou que o referendo n�o tem validade.
"N�o tem efeito algum do ponto de vista do direito internacional. Um referendo entre os habitantes brit�nicos das ilhas em nada altera a ess�ncia da quest�o Malvinas. Seu resultado previs�vel n�o coloca fim � disputa nem aos inquestion�veis direitos argentinos", declarou Castro de Londres ao jornal digital Infobae.
O referendo ocorre num momento em que o governo de Cristina Kirchner leva adiante uma vasta ofensiva internacional para que Londres aceite iniciar negocia��es diplom�ticas pela disputa de soberania nas Malvinas, palco de uma guerra de 74 dias em 1982 que deixou 649 argentinos e 255 brit�nicos mortos.
Agora, com a consulta, os ilh�us esperam um "sim" contundente, com uma alta taxa de participa��o, para responder ao governo de Buenos Aires.
Tamb�m esperam poder pressionar outras capitais para obter reconhecimento internacional.
De acordo com uma pesquisa da YouGov para a Sky News publicada no s�bado, 24% dos argentinos pesquisados consideram o referendo sobre as Malvinas a principal quest�o de pol�tica externa, contra apenas 1% do lado dos brit�nicos.
Segundo outra pesquisa da ComRes para a ITV news, tamb�m divulgada no s�bado, 77% dos brit�nicos estimam que os malvinenses deveriam decidir por eles mesmos o futuro das ilhas. E 60% acreditam que o Reino Unido n�o deve descartar op��es militares contra uma amea�a dirigida �s Malvinas.
O governo argentino insiste que a disputa deve ser resolvida mediante negocia��es bilaterais entre Londres e Buenos Aires, como pede a ONU desde 1965, sem interfer�ncia dos moradores.
Mas o Reino Unido sempre rejeitou esta op��o, alegando que os habitantes das ilhas s�o os �nicos que devem decidir seu futuro.
"Os �nicos que podem decidir realmente o que mais lhes interessa s�o os malvinenses", afirma � AFP Dick Sawle, outro integrante da Assembleia Legislativa do arquip�lago, situado no Atl�ntico Sul a 400 km da costa argentina.
