Os russos indicaram que est�o dispostos a embalsamar o corpo do presidente venezuelano Hugo Ch�vez por meio de um procedimento que retira todo o sangue do cad�ver, que � colocado em uma solu��o especial.
As autoridades venezuelanas anunciaram na semana passada que o l�der, que teve sua morte anunciada na ter�a-feira, ser� "embalsamado como L�nin". O corpo do pai da revolu��o bolchevique, morto em 1924, continua exposto em seu mausol�u na Pra�a Vermelha.Contudo, n�o foi informado se a Venezuela, que mant�m estreitas rela��es com a R�ssia, recorreria aos especialistas russos, que no passado embalsamaram v�rios l�deres de pa�ses amigos.A dire��o do laborat�rio de Moscou respons�vel pela conserva��o do cad�ver de L�nin n�o quis comentar o assunto.
Este laborat�rio, o Instituto de Plantas Medicinais e Arom�ticas, � quem guarda o procedimento, que tamb�m foi aplicado no l�der comunista b�lgaro Gueorgui Dimitrov (1949), no ditador sovi�tico Josef Stalin, no presidente tchecoslovaco Klement Gottwald (mortos em 1953), no dirigente vietnamita Ho Chi Minh (1969), no presidente da Guiana Forbes Burnham (1985) e no dirigente norte-coreano Kim Il-sung, em 1994.
Pavel Fomenko, membro da equipe, explicou em 2011 o procedimento de forma detalhada."N�o � um espet�culo agrad�vel", destacou em uma rara entrevista concedida ao jornal popular Moskovski Komsolets.
S�o necess�rias de "tr�s a seis pessoas, em alguns casos sete", explicou."Para come�ar, todos os �rg�os internos s�o retirados, as veias s�o retiradas com uma solu��o e o sangue � extra�do dos tecidos", continuou.
"O corpo � colocado em uma banheira de vidro cheia de uma solu��o de embalsamento, fechada com uma tampa e coberta por um pano branco. No local s�o mantidas condi��es precisas de temperatura e umidade. (...) O embalsamento dura seis meses", explicou Fomenko.Este procedimento requer a manuten��o regular para permitir a conserva��o do cad�ver por d�cadas.
O mausol�u que abriga o corpo tamb�m deve manter uma temperatura e higrometria constantes.No caso de Ch�vez, as ambi��es da R�ssia na regi�o e as rela��es de Vladimir Putin com seu hom�logo falecido facilitariam o procedimento.