Cleveland – Tido na vizinhan�a como uma pessoa simp�tica e acima de qualquer suspeita, Ariel Castro surpreendeu os moradores de Cleveland por ter mantido as jovens Amanda Berry, Georgina DeJesus e Michelle Knight em c�rcere privado por cerca de 10 anos. Os sequestros foram cometidos entre 2002 e 2004, mas s� vieram � tona na segunda-feira, quando um morador da regi�o ouviu os gritos de Amanda e ajudou-a a escapar. Segundo o canal de televis�o local 19 Action News, Castro, de 52 anos, ex-motorista de �nibus escolar, conhecia a fam�lia de uma das v�timas. "Estou com raiva. Ele se envolveu no processo de busca e estava um passo a frente de n�s, mas n�s os pegamos", disse Robert DeJesus, primo de Georgina.
O sequestrador chegou a participar de vig�lias de ora��o pela jovem, que desapareceu quando tinha 14 anos e era amiga de Arlene Castro, filha de Ariel. Acusados de terem participado dos crimes, tamb�m foram presos dois irm�os do raptor: Pedro, de 54 anos, e Onil, de 50. "Ningu�m fazia ideia de que isso acontecia. Foi uma grande surpresa", disse Julio Castro, tio dos acusados, que vive no mesmo bairro onde as jovens foram encontradas. "N�o quero v�-los novamente", completou.
Segundo o jornal USA Today, Ariel Castro comprou em 1992 a casa onde morava e onde aprisionou as tr�s jovens, localizada na Avenida Seymour. Os vizinhos do sequestrador, que descrevia a si mesmo como um homem apaixonado por motocicletas e por tocar baixo, relatam que Castro aparentava levar uma rotina pacata.
De acordo com a rede CNN, o morador Israel Lugo teria notado algo suspeito na casa. Em novembro de 2011, ele chamou a pol�cia ap�s ouvir gritos no im�vel, mas os oficiais foram embora, pois ningu�m atendeu � porta. Lugo tamb�m relata que viu Castro com uma garotinha em um parque e, ap�s questionar quem seria a menina, foi informado pelo vizinho de que se tratava da filha de sua namorada. No mesmo ano, Nina Samoylicz, que mora na regi�o, avistou uma mulher nua circulando pelo jardim da casa. "Dissemos algo e ele saiu correndo por tr�s dos carros, dizendo para a mo�a entrar na casa. Primeiro, achamos engra�ado, mas depois, estranho e chamamos a pol�cia. Os policiais pensaram que est�vamos passando um trote", contou Samoylicz.