A situa��o alimentar era muito dif�cil nesta ter�a-feira, v�spera do jejum do Ramad�, nos bairros controlados pelo regime em Aleppo, segunda maior cidade do pa�s, em raz�o do cerco imposto pelos rebeldes, indicou uma ONG.
"Grande parte dos alimentos n�o est� mais dispon�vel e o restante tornou-se escasso, provocando o aumento dos pre�os", explicou o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH).
De acordo com esta organiza��o, os rebeldes cercam os bairros e o regime n�o tem sido capaz de romper o cerco para levar comida. A estrada entre Salamiy� (sul) e Aleppo est� bloqueada e os rebeldes explodiram h� poucos dias uma ponte em Ariha, a oeste de Aleppo, cortando o eixo que liga Latakia a Aleppo. Al�m disso, o aeroporto est� fechado devido aos combates.
Os rebeldes entraram de surpresa em Aleppo h� um ano, e desde ent�o a cidade est� dividida. Apesar de suas ofensivas, o Ex�rcito s�rio nunca conseguiu expandir seu controle sobre o territ�rio.
Em Homs, no centro da S�ria, o Ex�rcito tem usado tratores na tentativa de retirar os escombros que impedem o seu progresso.
Nos bairros controlados pelos insurgentes no cora��o da cidade, as pessoas feridas nos bombardeios morrem por falta de cuidados e de equipamentos m�dicos, lamentou o Observat�rio, que recebe informa��es de uma ampla rede de ativistas e m�dicos em todo o pa�s.
"Por onze dias o Ex�rcito bombardeou continuamente a cidade. A situa��o humanit�ria, j� cr�tica nas �reas rebeldes de Homs, se deteriorou seriamente", relatou � AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
"Os rebeldes e civis feridos nos �ltimos dias morrem porque n�o h� material m�dico para atend�-los", acrescentou, sem dar um n�mero.
H� mais de um ano, o Ex�rcito ataca o bairro de Khaldiy� e a parte antiga de Homs.
As For�as Armadas lan�aram um ataque no dia 29 de junho contra esta cidade batizada pelos ativistas como a "capital da revolu��o" contra o presidente Bashar al-Assad. O Ex�rcito recebeu recentemente o refor�o do movimento liban�s xiita Hezbollah.
Desde ent�o, Khaldyi� e a parte antiga da cidade sofrem bombardeios cont�nuos e s�o alvos de foguetes e de ataques a�reos.
"O escasso material m�dico que os rebeldes conseguiam fazer entrar nestes bairros passava por t�neis. Eles foram destru�dos pelos bombardeios. O que est� acontecendo em Homs � uma viol�ncia total contra o direito humanit�rio internacional", afirmou Abdel Rahman.
Os ativistas confirmaram a escassez de material m�dico.
"Os m�dicos dos bairros atacados sofrem uma grave escassez porque a maior parte do material (...) foi utilizado depois dos intensos bombardeios. O n�mero de feridos di�rios � muito maior que antes do ataque", contou um deles, Yazan.
No in�cio da revolta, Homs, batizada como "capital da revolu��o" contra o presidente Bashar al-Assad, foi palco de grandes protestos exigindo mudan�as. Agora, os rebeldes est�o confinados a pequenas partes do centro da cidade, cobrindo uma �rea de apenas 2km�, de acordo com o especialista Fabrice Balanche.
A ONU estima que mais de 2.500 civis est�o bloqueados nos bairros atacados da cidade.
Mais de 100.000 pessoas morreram na S�ria desde o in�cio, h� 27 meses, de uma revolta popular que se transformou em guerra civil. A maioria deles � civil, afirma o OSDH.
