O ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta ter�a-feira que o Brasil n�o conceder� asilo pol�tico ao norte-americano Edward Snowden, que denunciou o esquema de monitoramento de comunica��es pelos Estados Unidos. Nos �ltimos dias, vieram � tona informa��es atribu�das a dados de Snowden sobre um esquema de espionagem de ag�ncias dos Estados Unidos aos cidad�os brasileiros.
Ao ser perguntado se o governo brasileiro pretendia conceder asilo a Snowden, ap�s as �ltimas revela��es, Patriota foi categ�rico: “N�o responderemos � solicita��o de asilo. N�o ser� concedido”. Anteriormente, o Minist�rio das Rela��es Exteriores havia sinalizado a recusa ao pedido do norte-americano, mas foi a primeira vez que o chanceler foi objetivo. Segundo o chanceler, Snowden permanece em Moscou (R�ssia) � espera de asilo.
O chanceler ressaltou ainda que o governo do Brasil pretende recorrer � Assembleia Geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), em Nova York (Estados Unidos), e Uni�o Internacional de Telecomunica��es (UIT), em Genebra (Su��a), sobre as den�ncias de espionagem de cidad�os brasileiros.
No aspecto multilateral, Patriota reiterou que pretende recorrer � ONU e UIT. Nas Na��es Unidas, o objetivo � buscar uma defini��o sobre normas claras de comportamento para os pa�ses quanto � privacidade das comunica��es dos cidad�os e a preserva��o da soberania dos demais Estados. Na UIT, a ideia � tentar o aperfei�oamento de regras multilaterais sobre seguran�a das telecomunica��es.
Patriota ressaltou que no aspecto bilateral pois houve pedido de explica��es ao governo dos Estados Unidos e aguarda esclarecimentos. “No aspecto bilateral j� se refletiu na convoca��o do embaixador [dos Estados Unidos no Brasil, Thomas] Shannon e no pedido formal de esclarecimentos ao governo dos Estados Unidos”, disse o chanceler durante entrevista coletiva ao lado do ministro das Rela��es Exteriores do Uruguai, Luis Almagro. “Estamos aguardando tamb�m uma resposta formal dos Estados Unidos.”
O chanceler participou, pela manh�, da reuni�o do Minist�rio da Justi�a que definiu a cria��o de um grupo de trabalho para definir as provid�ncias relativas �s den�ncias de espionagem. Participaram tamb�m da reuni�o os ministros Jos� Eduardo Cardozo (Justi�a), Paulo Bernardo (Comunica��es), Celso Amorim (Defesa) e Jos� Elito Siqueira (Gabinete de Seguran�a Institucional).
O grupo de trabalho ser� formado por t�cnicos dos minist�rios da Justi�a, Defesa, das Comunica��es, das Rela��es Exteriores e do Gabinete de Seguran�a Institucional, da Presid�ncia da Rep�blica. A ideia � elaborar uma esp�cie de diagn�stico sobre a situa��o e conclu�-lo rapidamente.