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Estado de Minas

Governo brit�nico for�ou o Guardian a destruir documentos de Snowden


postado em 20/08/2013 10:25 / atualizado em 20/08/2013 10:59

O jornal brit�nico The Guardian respondeu � pris�o do companheiro brasileiro do jornalista que publicou informa��es sobre os programas de vigil�ncia americanos afirmando que precisou destruir, sob press�o de Londres, os documentos confidenciais utilizados para a mat�ria que revelou a espionagem.


Em um artigo publicado nesta ter�a-feira no Guardian, o editor do jornal, Alan Rusbridger, conta ter sido contatado por um importante funcion�rio do governo brit�nico, e depois por "personagens misteriosos de Whitehall", o bairro dos minist�rios em Londres.


"O pedido era o mesmo: entregue o material Snowden ou o destrua", em refer�ncia a Edward Snowden, ex-consultor da Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA) americana e respons�vel pelo vazamento dos documentos secretos sobre os programas de vigil�ncia dos Estados Unidos e Reino Unido.


O Guardian, ligado � oposi��o trabalhista, acabava de iniciar a publica��o dessas informa��es, que provocaram mal-estar e a ira de Washington e Londres.


"H� um m�s, recebi um telefonema do cora��o do governo (brit�nico) me dizendo: 'Voc� j� se divertiu muito. Agora queremos que voc� nos entregue a coisa", indicou o editor do jornal. E ap�s v�rios encontros com membros de Whitehall que amea�aram o jornal de a��es judiciais, segundo Alan Rusbridger, "aconteceu um dos momentos mais bizarros da longa hist�ria do Guardian", contou.


"Dois especialistas em seguran�a do GCHQ (servi�o de escutas brit�nico) assistiram a destrui��o dos discos r�gidos no sub-solo do Guardian", assegurou. "Whitehall ficou satisfeito, mas isso parecia mais um gesto simb�lico particularmente maldoso" decidido por pessoas que "n�o entendem nada da era digital", conclui em desafio.


Contatado pela AFP nesta ter�a-feira, o governo n�o quis comentar essas afirma��es.


Alan Rusbridger revelou essas press�es sofridas dois dias ap�s a deten��o do brasileiro companheiro do jornalista do Guardian, Glenn Greenwald, contato-chave de Edward Snowden no jornal.


David Miranda foi detido domingo quando transitava por Londres em seu retorno ao Rio de Janeiro, onde o casal reside. Ele permaneceu detido por nove horas no aeroporto londrino de Heathrow sob a lei brit�nica anti-terrorista provocando uma onda de indigna��o das organiza��es de defesa dos direitos humanos e autoridades brasileiras.


Segundo ainda Alan Rusbridger, "David Miranda entrou com uma a��o judicial a respeito do material" que lhe foi confiscado durante o interrogat�rio e sobre o modo como ele foi tratado".


Segunda-feira � noite, a Scotland Yard se defendeu. O recurso, neste caso espec�fico, a lei antiterrorista "foi legal e de acordo com o procedimento", assegurou a pol�cia, sem indicar as raz�es para a deten��o do jovem.


O governo se escondeu atr�s da Scotland Yard, ressaltando nesta ter�a-feira que era responsabilidade da pol�cia "decidir quando � necess�rio e proporcional usar (os) poderes" previstos pela lei anti-terrorista.


Em seu editorial desta ter�a, o jornal The Times, pr�ximo ao governo, no entanto, pediu � pol�cia para "esclarecer o uso" da lei no caso de David Miranda. J� o Independent declarou estar "indignado" pelo uso desta lei em um caso que "obviamente n�o est� relacionados com o terrorismo".


Os Estados Unidos, que acusam de espionagem Edward Snowden, agora refugiado na R�ssia, negou na segunda-feira qualquer envolvimento na deten��o de David Miranda. Mas reconheceu estarem cientes de seu interrogat�rio.


"David Miranda n�o � jornalista, mas desempenha um papel importante ao ajudar seu companheiro em seu trabalho jornal�stico", segundo o Guardian.


Em seu retorno ao Brasil, David Miranda afirmou que teve seu notebook e cart�es de mem�ria confiscados durante o interrogat�rio.


Em seu editorial, o Guardian diz que a press�o do governo brit�nico n�o vai impedi-lo de "continuar" a "cobrir meticulosamente os documentos Snowden". "Apenas n�o o faremos em Londres", disse, advertindo, no entanto, que ser� "quase imposs�vel para os jornalistas ter fontes confidenciais".


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