O senador opositor boliviano Roger Pinto afirmou nesta quarta-feira em Bras�lia � imprensa de seu pa�s que havia conseguido fugir da embaixada brasileira em La Paz, onde permaneceu por 15 meses refugiado, gra�as � "decis�o de uma autoridade competente" do Brasil.
"Em primeiro lugar, houve uma decis�o de uma autoridade competente. (A sa�da do pa�s) n�o foi �s escuras, foi com pessoas de seguran�a e com autoridades da embaixada", disse Pinto � rede Cadena A de televis�o, via Skype.
O senador opositor n�o identificou, no entanto, as autoridades brasileiras que teriam autorizado a opera��o.
"Desconhe�o o n�vel (hier�rquico), desconhe�o as pessoas (que realizaram a opera��o), mas foi uma decis�o de autoridade competente. Do contr�rio, n�o poderia ter sido executada", acrescentou.
Baseado em vers�es da imprensa, o ministro boliviano do Interior, Carlos Romero, lan�ou anteriormente a hip�tese de que "houve uma quebra da estrutura hier�rquica de tomada de decis�es" das autoridades brasileiras.
Pinto explicou que sua fuga tinha sido motivada pela preocupa��o de funcion�rios diplom�ticos brasileiros de que sua situa��o ficasse "insustent�vel, por causa de um processo de degrada��o da sa�de, tanto f�sica como mental", do senador opositor.
Al�m disso, ele considerou que no governo boliviano havia "uma aus�ncia sistem�tica de desejo ou vontade de solucionar o tema" do asilo pol�tico que o Brasil o havia concedido, pois as autoridades n�o lhe davam o salvo-conduto para que deixasse a Bol�via.
O parlamentar opositor apresentou detalhes da opera��o que possibilitou sua sa�da para o Brasil em uma viagem de carro que levou 22 horas, na qual percorreu 1.600 km, at� chegar a Corumb� (Mato Grosso do Sul), de onde embarcou em um avi�o particular para Bras�lia.
Pinto saiu em um carro diplom�tico da embaixada brasileira escoltado por outro ve�culo levando dois "fuzileiros" para proteger o senador.
Ele explicou que antes de planejar sua sa�da, tr�s alternativas foram apresentadas: sua perman�ncia na embaixada brasileira em La Paz, uma interna��o devido a sua sa�de deteriorada, ou sua ida ao Brasil, o que finalmente ocorreu, apesar dos riscos dessa op��o.
O senador revelou que durante sua viagem usou um colete � prova de balas, mas indicou que em momento algum tinha chegado a alterar sua apar�ncia f�sica.
O momento mais tenso foi quando chegou � fronteira, onde uma longa fila de autom�veis aguardavam autoriza��o para entrar no Brasil.
N�o se sabia se a pol�cia boliviana j� tinha sido alertada de sua fuga e se pretendia det�-lo, admitiu.
Ele afirmou que, diante da possibilidade dessa situa��o, um "Plano B" havia sido tra�ado, e o senador teria de cruzar a fronteira a p�.