Fidel fala sobre Mandela e elogia postura de irm�o
Aperto de m�os entre os dois l�deres elevou as especula��es nos EUA e em Cuba sobre se o gesto foi um sinal de que a tens�o nas rela��es entre os dois pa�ses diminuiu ap�s d�cadas de animosidade
postado em 19/12/2013 15:32 / atualizado em 19/12/2013 15:42
(foto: Reuters/SABC)
Fidel Castro revelou parte do mist�rio que circundou o aperto de m�o de Barack Obama e Raul Castro no funeral de Nelson Mandela. Fidel disse que seu irm�o Raul se dirigiu a Obama em ingl�s e disse: "senhor presidente, eu sou Castro."
O aperto de m�os entre os dois l�deres elevou as especula��es nos EUA e em Cuba sobre se o gesto foi um sinal de que a tens�o nas rela��es entre os dois pa�ses diminuiu ap�s d�cadas de animosidade. Autoridades em Cuba e nos EUA desmentiram os boatos e afirmaram que o aperto de m�os foi mera cortesia.
Em uma longa reflex�o sobre Mandela divulgada pela m�dia estatal nesta quinta-feira, Fidel Castro parabenizou seu irm�o, que assumiu a lideran�a de Cuba em 2006, pela sua "firmeza e dignidade, quando, com um gesto amigo, mas firme, se apresentou ao l�der do governo dos EUA e disse a ele em ingl�s, 'senhor presidente, eu sou Castro'".
Em seu artigo, Castro fez uma extensa an�lise da hist�ria da �frica, do impacto do Apartheid, das lutas para a liberta��o do julgo colonial, das press�es dos EUA e outras na��es, mas tamb�m do papel que Cuba teve em todo esse processo.
Havana enviou armas e soldados para lutar em v�rios pa�ses africanos e apoiou ativamente os movimentos de liberta��o e de combate ao racismo, uma posi��o que manteve em conjunto com a Uni�o Sovi�tica e que resultou em outro enfrentamento com os EUA nos anos 80.
Cuba e os EUA romperam rela��es e se enfrentaram nos anos 60, logo ap�s a vit�ria da revolu��o cubana e as press�es de Washington para tentar mudar o sistema pol�tico na ilha.
A foto, que na semana passada virou motivos de especula��es, mostra Obama em um forte aperto de m�os com Ra�l Castro, durante funeral de Mandela no dia 10 de dezembro.
O l�der sul-africano viajou a Cuba nos anos 90, quando a ilha atravessava a pior crise de sua hist�ria, ap�s a queda dos aliados sovi�ticos e expressou seu apoio a Castro, a quem agradeceu por seu trabalho na �frica. As declara��es de Mandela renderam a ele a animosidade de grupos anticastristas na Fl�rida.
"O papel da delega��o de Cuba, por ocasi�o da morte de nosso irm�o e amigo Nelson Mandela, ser� inesquec�vel", escreveu Castro no Granma.
Retirado do poder de maneira surpreendente em 2006 por motivo por causa de problemas de sa�de que o deixaram � beira da morte, Fidel Castro delegou o poder a seu irm�o Ra�l, que logo foi reeleito pelo Parlamento cubano.
Desde ent�o, Fidel Castro, mostra suas posi��es por meio de seus escritos, aparece pouco em p�blico, recebe amigos e personalidades em sua casa e a cada certo tempo sua sa�de vira motivo de especula��es. Desta vez, o fato de Fidel n�o ter feito coment�rios sobre a morte de Mandela gerou rumores que foram debelados ap�s ter sido distribu�da uma foto na semana passada em que ele aparece ao lado do jornalista espanhol Ignacio Ramonet