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Estado de Minas

Estudantes reduzem protestos na v�spera do di�logo proposto por Maduro


postado em 25/02/2014 18:46

As manifesta��es de estudantes opositores ao governo de Nicol�s Maduro diminu�ram nesta ter�a-feira na Venezuela, um dia antes do di�logo de paz convocado pelo governo para acabar com a viol�ncia das �ltimas semanas.

Numa tentativa de aplacar a tens�o, a Venezuela anunciou que designou um novo embaixador nos Estados Unidos. Mas ainda nesta ter�a-feira, Washington expulsou tr�s diplomatas venezuelanos em rec�proca � medida similar tomada por Caracas em 17 de fevereiro.

Caracas voltou ao ritmo normal ao longo do dia, ainda que pequenos grupos de manifestantes tenham bloqueado os acessos a alguns bairros usando escombros e lixo.

Durante a noite de segunda-feira, pequenos grupos de manifestantes foram dispersados pela pol�cia em Caracas. No estado de T�chira, onde os protestos estudantis come�aram em 4 de fevereiro, alguns incidentes foram registrados.

Cerca de 30 universit�rios foram at� a embaixada de Cuba, na capital venezuelana, para protestar contra uma suposta "inger�ncia" da ilha no governo de Nicol�s Maduro.

"Lamentavelmente existe a presen�a de militares do governo dos irm�os Castro nos quart�is venezuelanos", disse a l�der estudantil Gabriela Arellano, em frente � embaixada cubana, cuja seguran�a foi refor�ada.

Mais cedo, uma d�zia de jovens se concentraram no bairro de classe m�dia alta de Los Naranjos para repudiar o governo e a crise econ�mica que afeta o pa�s. O grupo levou cartazes com dizeres como "Venezuelano que n�o protesta, n�o sai dessa. Participe."

Nos �ltimos dias, a intensidade dos protestos que chegaram a reunir diariamente alguns milhares de estudantes diminuiu. Ainda assim, confrontos entre pequenos grupos de rebeldes e policiais foram registrados durante as noites na pra�a Altamira, em Caracas.

As barricadas e as manifesta��es fizeram com que os estabelecimentos da capital venezuelana fechassem as portas mais cedo, e as ruas ficassem desertas.

Os manifestantes lutam contra a inseguran�a, a elevada infla��o (56%), a escassez de produtos b�sicos e a pris�o de v�rios estudantes. O movimento come�ou em San Crist�bal e logo se espalhou para cidades como Caracas, M�rida e Val�ncia. Segundo dados oficiais e uma contagem feita pela AFP, os protestos deixaram 14 mortos, mais de 140 feridos e 45 detidos.

Cabo de guerra

Os Estados Unidos expulsaram nesta ter�a-feira tr�s diplomatas venezuelanos, informou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

A chancelaria venezuelana confirmou, tamb�m nesta ter�a-feira, que "Maximilian Arvela�z foi proposto pelo governo para ser o novo embaixador da Venezuela nos Estados Unidos", tal como havia antecipado o presidente Nicol�s Maduro.

O novo embaixador tem como finalidade restaurar "a capacidade de di�logo com a sociedade norte-americana, para que semeie a verdade sobre a Venezuela, porque acreditam que estamos nos matando e pedem a interven��o militar dos Estados Unidos na Venezuela", explicou Maduro.

O an�ncio foi recebido com ceticismo por Washington. "O interc�mbio de embaixadores � uma decis�o m�tua. H� meses dizemos que estamos abertos a negociar, mas a Venezuela precisa mostrar seriedade sobre suas inten��es", disse Psaki.

Ambos pa�ses est�o sem embaixadores desde 2010, e todas as tentativas at� o momento para retomar plenamente as rela��es fracassaram.

Apesar das desaven�as pol�ticas, os Estados Unidos continuam sendo o primeiro comprador de petr�leo do pa�s, que det�m uma das maiores reservas do mundo.

Di�logo de paz

Maduro, herdeiro pol�tico do falecido presidente Hugo Ch�vez, participou na segunda-feira em uma reuni�o com prefeitos e governadores para preparar um di�logo nacional de paz, previsto para quarta-feira, mas o principal opositor venezuelano, Henrique Capriles, n�o compareceu ao encontro.

Capriles, governador do estado de Miranda e da ala moderada da opositora Mesa de Unidade Democr�tica (MUD), se negou a participar no encontro, segundo ele, como protesto pela "situa��o de viola��o dos direitos humanos e repress�o" do pa�s.

Mas Maduro afirmou estar "seguro que v�o sair grandes acordos para o futuro da p�tria". Ele pediu respeito � Constitui��o e entendimento.

O governador opositor do estado de Lara, Henri Falc�n, pediu a Maduro a redu��o dos confrontos e que o governo reconhe�a que a Venezuela "vive uma crise econ�mica", com a escassez de alimentos e a infla��o elevada.

Analistas duvidam do alcance do di�logo e muitos consideram que a convoca��o de Maduro � uma tentativa de ganhar tempo para aplacar os dist�rbios.


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