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Estado de Minas

Buscas pelo MH370, um desafio incerto


postado em 26/03/2014 00:52

Encontrar as caixas-pretas do Boeing 777 da Malaysia Airlines � um verdadeiro desafio com um resultado incerto, apesar de os investigadores poderem contar com uma variedade de equipamentos sofisticados para sondar o Oceano �ndico.

Segunda-feira, 17 dias ap�s o desaparecimento do voo MH370, o primeiro-ministro da Mal�sia anunciou que a aeronave havia ca�do na costa ocidental da Austr�lia, acabando com as esperan�as de encontrar sobreviventes entre as 239 pessoas a bordo do avi�o.

Uma corrida contra o rel�gio foi iniciada para tentar captar sinais do sistema de registro de voz e dados, conhecido como caixas-pretas.

Em teoria, esses equipamentos podem emitir sinais por mais dez dias.

Um avi�o comercial possui duas caixas-pretas: o DFDR (Digital Flight Data Recorder), que registra todos os par�metros de voo (velocidade, altitude, etc) e o CVR (Cockpit Voice Recorder), o gravador de som, que registra as conversas e sons na cabine do piloto.

Mesmo antes da formaliza��o do acidente, a Marinha dos Estados Unidos j� havia enviado um sistema de rastreamento de caixas-pretas. Este detector deixou Nova York via a�rea na segunda-feira rumo a Perth, onde o equipamento ser� "programado", segundo um funcion�rio americano da Defesa.

O "sistema de localiza��o" � uma engrenagem triangular de 35 kg ligado a um cabo rebocado por um navio. Os hidrofones que ele cont�m podem detectar sinais de uma caixa-preta at� 6.000 metros de profundidade.

"Capturar um sinal parece-me um golpe de sorte", considerou o ex-chefe do grupo de opera��es de buscas mar�timas do voo AF447, que caiu no Atl�ntico em 2009.

Essas caixas-prestas em quest�o, fabricadas pela Honeywell, emitem um sinal por 30 dias consecutivos a partir da sua imers�o em �gua, de acordo com informa��es fornecidas por um porta-voz da companhia, com uma gama de detec��o m�dia de 2 a 3 km.

As buscas - suspensas na ter�a-feira devido ao mau tempo no sul do Oceano �ndico - foram retomadas nesta quarta gra�as a uma melhoria das condi��es meteorol�gicas.

Na v�spera, esta vasta zona do �ndico onde se concentram as opera��es foi varrida por ventos de at� 80 km/hora, acompanhados por intensas chuvas e grandes vagas, o que levou a Autoridade Australiana de Seguran�a Mar�tima (AMSA) a suspender as buscas, por ar e mar.

Um ex-investigador, que deseja permanecer an�nimo, aponta que, no caso do voo Rio-Paris, os sinais n�o foram ouvidos. Descobriu-se mais tarde que um dos aparelhos n�o estava funcionando e que o outro tinha ficado danificado com o impacto e n�o p�de ser encontrado.

"Considerando este caso, sou pessimista", disse ele, observando que, no futuro imediato, outra prioridade � a de geo-referenciar, ou seja, descrever, fotografar e datar todas as pe�as recuperadas.

"Em seguida, deve-se descartar os peda�os. Ao rastrear por sat�lite esses peda�os, "temos uma ideia das correntes mar�timas na �rea e podemos validar modelos matem�ticos", explica, lembrando que, "os 16 dias de deriva e as incertezas associadas a esses modelos v�o contribuir para tornar a �rea de busca muito extensa".

Sem a detec��o das caixas-pretas, o pr�ximo passo consiste em enviar sonares de varredura lateral, desde que disponham de uma topografia dos fundos do mar suficientemente precisa "para poder procurar anormalidades no terreno submarino".

Todos os especialistas consultados pela AFP acreditam que essas opera��es podem durar muito tempo, "meses ou at� mais". No caso do voo Rio-Paris, foram necess�rios 23 meses para localizar a �rea e os destro�os a 3.900 metros de profundidade.

Estrat�gia de buscas

Segundo ele, a estrat�gia de buscas continua a ser "fundamental".

Uma opini�o seguida pela pr�pria BEA. "Uma fase submarina para tentar localizar a aeronave do voo MH370 s� pode ser iniciada quando as a��es em curso definirem algumas �reas mais restritas que a das buscas atuais", advertiu na segunda-feira.

Uma vez definida a �rea, se ela for plana e sedimentar, os investigadores poder�o usar "sonares rebocados e ter um bom rendimento de cobertura". No caso de uma �rea acidentada, eles poder�o apelar aos Remus, os ve�culos submarinos n�o tripulados utilizados no caso do acidente com o voo Rio-Paris.

Quanto aos ROV (ve�culo de opera��o remota), poder�o ser utilizados na fase final para acabar com as d�vidas sobre anomalias topogr�ficas, devido �s suas c�maras de alta defini��o.

"Estes rob�s teleguiados, com um cabo que se conecta � superf�cie, movem-se lentamente e, portanto, produzem uma menor cobertura", alerta o ex-investigador da BEA.

"Mais uma vez, ser� necess�rio um posicionamento muito preciso para us�-los a grandes profundidades".

E, se as caixas-pretas forem recuperadas, n�o h� garantia alguma de que elas ser�o utiliz�veis .

As autoridades malaias evocaram um ato deliberado no desaparecimento do avi�o dos radares dos controles a�reos.

A grande quest�o � saber se o CVR n�o teria sido desligado propositalmente. Para isso, "bastaria desconectar o disjuntor que se encontra na cabine do piloto e que serve para isolar eletricamente o mecanismo", explica um especialista em aeron�utica.


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