O chanceler chin�s, Wang Yi, cumpre nesta ter�a-feira, na Argentina, mais uma etapa de sua viagem pela Am�rica Latina, onde pretende refor�ar la�os pol�ticos e econ�micos em uma regi�o-chave para satisfazer sua alta demanda por mat�rias-primas.
No domingo, o chanceler Wang iniciou em Cuba sua visita � regi�o, passando pela Venezuela. A viagem continua na Argentina, onde se reunir� com a presidente Cristina Kirchner.
Em sua pr�xima escala, no Brasil, o ministro aproveitar� para afinar os preparativos da visita do presidente chin�s, Xi Jingping, que acontece em Fortaleza, em julho, para a c�pula do Brics (acr�nimo do grupo formado por Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul).
Na �ltima d�cada, a China se tornou a principal fonte de crescimento das exporta��es de mat�rias-primas da Am�rica Latina e do Caribe, com a regi�o sendo um destino importante de suas manufaturas. Hoje, a China � o segundo s�cio comercial da maioria dos pa�ses visitados por seu chanceler esta semana.
"A sele��o de pa�ses nesta viagem n�o est� baseada na vari�vel ideol�gica, mas na visita dos pa�ses que s�o chave nessa regi�o dentro de sua estrat�gia (de pol�tica externa), conhecida como 'People to People' (Do povo para o povo) que engloba muitos aspectos: culturais, pol�ticos, econ�micos", disse � AFP o diretor do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Miami e especialista nas rela��es da China com a sub-regi�o, Ariel Armony.
Apesar dos acordos econ�micos que possam ser assinados esta semana, "a visita � Am�rica Latina - primeiro do chanceler e, depois, do presidente da China - n�o teria acontecido neste momento se n�o fosse pela C�pula do Brics, que acontece em julho no Brasil", afirmou o analista pol�tico Rosendo Fraga, diretor do Centro de Estudos Uni�n para la Nueva Mayor�a, na Argentina.
De acordo com Fraga, "n�o h� d�vida de que, hoje, o Minist�rio das Rela��es Exteriores chin�s est� muito mais atento � viagem que o presidente americano, Barack Obama, faz esta semana por Jap�o, Coreia do Sul, Mal�sia e Filipinas, do que � viagem de seu pr�prio chefe por Cuba, Venezuela, Argentina e Brasil".
Para Armony, o interesse comercial chin�s na regi�o continua sendo refor�ado pelo que ele chama de "uma folha em branco". O analista lembra que "n�o h� uma hist�ria pol�mica, conflituosa, dif�cil com a China", o que representa uma importante vantagem frente aos Estados Unidos.
"A China chega � Am�rica Latina com um terreno aberto, enquanto os Estados Unidos trazem uma bagagem muito problem�tica com a regi�o", explicou Armony.
Rosendo Fraga alerta, por�m, que "o modelo de exportar mat�rias-primas e comprar manufaturas baratas n�o � desej�vel para Brasil e Argentina em sua rela��o com a pot�ncia asi�tica".