Avi�es israelenses realizaram, neste s�bado, cerca de 40 bombardeios em Gaza, matando cinco palestinos, enquanto os militantes de Gaza lan�aram 14 foguetes para Israel, no momento em que as perspectivas das negocia��es no Cairo seguiam incertas.
Tr�s mesquitas desse pequeno territ�rio palestino - situadas em Zeitun, Jabaliya e Nuseirat - foram destru�das, segundo o Minist�rio do Interior palestino e o Ex�rcito. Israel suspeitava que pelo menos duas delas estivessem ligadas ao movimento isl�mico Hamas.
Tr�s corpos foram recuperados dos escombros da mesquita de Al-Qassam, em Nuseirat. Nela, apenas um minarete ficou de p�, constatou a AFP.
Outros dois palestinos morreram em um bombardeio israelense "contra uma motocicleta" no campo de refugiados de Al-Maghazi, segundo o porta-voz dos Servi�os de Emerg�ncia, Ashraf al-Qudra.
Pelo menos 14 foguetes foram lan�ados de Gaza para Israel, neste s�bado, sem deixar v�timas - declarou o Ex�rcito israelense, acrescentando que 40 ataques a�reos foram lan�ados nesse enclave.
Desde seu in�cio, em 8 de julho, o conflito deixou pelo menos 1.898 palestinos mortos, civis em sua maioria, e matou 67 israelenses, quase todos soldados. Segundo a ONU, 447 crian�as palestinas foram mortas.
Os combates n�o foram retomados com a mesma intensidade depois da tr�gua de tr�s dias, o que alimenta a esperan�a de um novo cessar-fogo.
Negocia��es no Cairo
Hamas advertiu neste s�bado que n�o far� "nenhuma concess�o" a Israel. "N�o haver� marcha a r�. A resist�ncia continuar� com todas suas for�as. A intransig�ncia do ocupante (israelense) n�o contribuir� em nada, e n�o faremos nenhuma concess�o sobre as exig�ncias do nosso povo", afirmou em uma nota Fawzi Barhum, um porta-voz do movimento isl�mico em Gaza.
J� uma fonte palestina ligada aos negociadores do Cairo disse � AFP que os eg�pcios se colocaram "de acordo com os palestinos sobre uma nova vers�o de um (projeto de) acordo", que deve ser apresentado neste s�bado � noite aos israelenses.
"Esperamos que as partes acertem uma extens�o do cessar-fogo nas pr�ximas horas", declarou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Marie Harf.
Israel j� advertiu que n�o negociar� sob as bombas, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou que os lan�amentos de foguetes sejam respondidos com "contund�ncia".
Em uma entrevista publicada neste s�bado pelo jornal "The New York Times", o presidente americano, Barack Obama, admitiu que a influ�ncia dos Estados Unidos sobre israelenses e palestinos tinha limites na hora de buscar uma solu��o para o conflito.
Obama acrescenta que Netanyahu conta com um forte apoio em Israel - a maioria dos cidad�os apoia a ofensiva na Faixa de Gaza - e que o presidente palestino, Mahmud Abbas, � mais fraco nos territ�rios.
Entre outros pontos, os palestinos reivindicam a suspens�o do bloqueio israelense imposto em 2006 � Faixa de Gaza, que asfixia a economia local e mant�m na pobreza a popula��o local de 1,8 milh�o de habitantes. Pedem ainda a liberta��o de 125 presos detidos em Israel.
Embora tenha retirado todas as tropas da Faixa ap�s o in�cio da tr�gua na �ltima ter�a-feira, 5 de agosto, Israel mant�m suas for�as ao longo da fronteira, preparadas para reagir diante de qualquer eventualidade.
Na Cisjord�nia ocupada, tropas israelenses mataram dois palestinos em violentos confrontos, segundo os servi�os de emerg�ncia palestinos.
No sul de Israel, o Ex�rcito proibiu as congrega��es de mais de 500 pessoas em um raio de 40 quil�metros da fronteira com a Faixa.
O grupo israelense Paz Agora convocou para este s�bado � noite uma manifesta��o em Tel Aviv contra a guerra.
Pot�ncias pedem cessar-fogo
Fran�a, Gr�-Bretanha e Alemanha pediram a Israel e ao Hamas que fa�am um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
"Estamos muito preocupados com a retomada das hostilidades na Faixa de Gaza. Pedimos as duas partes que voltem imediatamente a uma tr�gua", afirmaram os ministros Laurent Fabius (Fran�a), Philippe Hammond (Gr�-Bretanha) e Frank-Walter Steinmeier (Alemanha).
"Damos todo nosso apoio aos esfor�os feitos pelo Egito a respeito. Todas as partes devem tomar medidas imediatas para responder �s necessidades humanit�rias, o que inclui facilitar o acesso � popula��o", afirmaram Fabius, Hammond e Steinmeier.
