Israelenses e palestinos aceitaram neste domingo uma nova tr�gua de 72 horas na Faixa de Gaza, a partir das 18h01 (hor�rio de Bras�lia), respondendo positivamente � media��o do Egito.
As duas partes chegaram a um "consenso simult�neo" sobre a tr�gua mediada pelo governo eg�pcio, anunciou uma autoridade palestino � AFP.
"Israel aceitou a proposta eg�pcia de um cessar-fogo", disse uma fonte israelense mais tarde � AFP.
O Minist�rio eg�pcio das Rela��es publicou um comunicado, no qual pedia a israelenses e palestinos que respeitassem uma tr�gua de 72 horas.
"Levando-se em conta que continua a escalada na Faixa de Gaza e dada a necessidade de proteger o sangue dos inocentes, o Egito pede �s duas partes, israelenses e palestinos, que se comprometam a respeitar um cessar-fogo de 72 horas efetivo, a partir da 00h01 do Cairo (18h01 de domingo em Bras�lia)", disse o comunicado eg�pcio.
O Egito tamb�m convidou os dois lados "a trabalhar, durante esse tempo, para um cessar-fogo global e permanente", insistiu o Minist�rio eg�pcio das Rela��es Exteriores na nota.
A guerra, que se arrasta h� mais de um m�s, j� matou mais de duas mil pessoas, civis palestinos em sua maioria e, entre eles, centenas de mulheres e crian�as.
Uma tr�gua anterior de 72 horas expirou na sexta de manh�, sem que as partes conseguissem um acordo sobre sua prolonga��o. Os palestinos voltaram, ent�o, a lan�ar foguetes contra Israel, e a For�a A�rea israelense, a bombardear a Faixa de Gaza.
No domingo, enquanto continuavam as negocia��es, as bombas israelenses continuavam caindo sobre o territ�rio palestino.
Depois do an�ncio do acordo, o dirigente do movimento palestino Hamas, Khaled Mechaal, declarou � AFP que qualquer tr�gua definitiva com Israel deve levar ao fim do bloqueio de Gaza.
"A tr�gua � um dos meios, ou das t�ticas destinadas a fazer que as negocia��es deem resultado, ou para enviar ajuda humanit�ria", afirmou Mechaal.
O "objetivo que buscamos, indispens�vel para n�s, � que as demandas palestinas sejam satisfeitas e que a Faixa de Gaza viva sem bloqueio", acrescentou.
"Insistimos nesse objetivo e, em caso de d�vida de Israel e da continua��o da agress�o, o Hamas e as outras fac��es palestinas est�o dispostos a resistir no terreno e no plano pol�tico", concluiu.
Os termos precisos da tr�gua n�o foram divulgados.
Durante as negocia��es, ambas as partes apresentaram exig�ncias aparentemente irreconcili�veis.
Os delegados israelenses abandonaram o Cairo na sexta-feira, no fim de um cessar-fogo de 72 horas e diante do fracasso das discuss�es com os palestinos para estend�-lo.
Israel acusou o Hamas de romper a tr�gua com novos lan�amentos de proj�teis.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou sua recusa a negociar "sob os disparos" contra seu territ�rio.
- 150 incurs�es israelenses desde sexta -
J� o Hamas responsabilizou Israel pela volta dos combates diante de sua recusa a qualquer concess�o aos palestinos. Na Faixa de Gaza, os aparelhos israelenses atacaram cerca de 20 alvos na noite de s�bado para domingo, informou o Ex�rcito.
A Avia��o bombardeou o territ�rio palestino pelo menos 160 vezes desde sexta-feira, enquanto cerca de 110 proj�teis forma lan�ados da Faixa de Gaza. Desses, 80 atingiram Israel, segundo o Ex�rcito israelense.
Um adolescente palestino de 17 anos morreu neste domingo em um bombardeio israelense em Deir al-Balah, no centro do territ�rio - relataram socorristas locais. O Ex�rcito israelense disse ter eliminado um "conhecido agente terrorista".
Mais quatro palestinos, entre eles um outro adolescente de 17 anos e uma mulher de 35, morreram no domingo. Ao leste da cidade de Gaza, dez corpos de pessoas mortas em ataques anteriores foram recuperados dos escombros de um pr�dio.
Ao todo, 18 palestinos morreram desde sexta-feira, fim da tr�gua de tr�s dias.
Na Cisjord�nia, um garoto palestino de 11 anos morreu por disparos do Ex�rcito israelense no campo de refugiados de Al-Fawar, perto de Hebron, palco de recentes confrontos entre as tropas israelenses e manifestantes contra a ofensiva em Gaza - de acordo com fontes m�dicas e testemunhas consultadas pela AFP.
Lan�ada por Israel em 8 de julho para deter os disparos de foguetes e destruir a rede de t�neis dos isl�micos, a Opera��o "Barreira Protetora" deixou 1.930 palestinos mortos, segundo os socorristas.
De acordo com a Fundo das Na��es Unidas para a Inf�ncia (Unicef), pelo menos 447 crian�as e adolescentes est�o entre os mortos.
Do lado israelense, 64 soldados e tr�s civis morreram na ofensiva at� agora.
