
Cantos gospel foram entoados na igreja batista Friendly Temple Missionary, com capacidade para 5.000 fi�is, onde a cerim�nia f�nebre foi realizada. Diante da grande quantidade de pessoas, as autoridades habilitaram uma outra sala, com mais 2.500 lugares, pr�ximo desse local.
Embora a calma pare�a ter sido restabelecida em Ferguson, depois de dias de violentos confrontos no sub�rbio de St. Louis, a cerim�nia foi realizada sob um forte esquema de seguran�a. Compareceram o l�der dos direitos civis Al Sharpton, o reverendo Jesse Jackson, o cantor de rap Snoop Dogg, tr�s funcion�rios da Casa Branca e o diretor de cinema Spike Lee.
O capit�o da pol�cia Ron Johnson, encarregado da seguran�a em Ferguson ap�s a morte de Michael, tamb�m compareceu, assim como familiares de pessoas envolvidas em casos pol�micos como esse. J� o governador Jay Nixon atendeu ao pedido da fam�lia e n�o assistiu � missa.
Fam�lia de Michael pede calma
"Os pais de Michael Brown agradecem pela enxurrada de apoio e pela aten��o nacional que a morte injusta de seu filho gerou", declarou o advogado da fam�lia, Bejamin Crump.
"Eles (a fam�lia) prometem que usar�o esta energia para levar adiante uma mudan�a real, n�o apenas em Ferguson, mas em cada cidade dos Estados Unidos", acrescentou, afirmando que Brown "n�o era um semi-cidad�o, era um cidad�o americano, e n�s acreditamos na premissa de que todos os homens foram criados iguais".
Visivelmente abalada e marcada pela dor, a m�e do jovem apareceu vestida de vermelho. Antes do in�cio da cerim�nia, o pai pediu um "dia de sil�ncio" e de calma, insistindo em um "dia de paz".
Sequ�ncia de casos
O caix�o do rapaz foi levado em um longo cortejo f�nebre at� o cemit�rio St. Peters, em St. Louis, onde ele ser� enterrado em uma cerim�nia privada.
No domingo, cerca de 400 pessoas se reuniram para lembrar de Michael. Al�m dos pais de Brown, estavam presentes os pais de Trayvon Martin, outro jovem negro abatido em 2012 por um vigia de bairro, na Fl�rida. O caso foi igualmente pol�mico.
"Devemos transformar este momento em um movimento (...) para a busca de solu��es, sobre como lidar com a agressividade policial diante do que s�o considerados crimes menores. Isso vai de Ferguson a Staten Island, em Nova York", declarou � rede NBC o pastor negro Al Sharpton, na v�spera do funeral.
Sharpton mencionou o caso de um pai de fam�lia negro, Eric Garner, que morreu em 17 de julho depois de ser derrubado no ch�o e agredido por policiais, em Staten Island, quando resistiu � pris�o. Sua morte gerou grande como��o em Nova York. No s�bado, milhares de pessoas foram �s ruas em protesto contra a viol�ncia policial, atendendo � convoca��o da organiza��o presidida por Sharpton.
Duas semanas depois do ocorrido em Nova York, a morte de Brown se tornou s�mbolo do ressurgimento das tens�es raciais, deflagrando dist�rbios sem precedentes nos �ltimos anos e que terminaram com pelo menos 60 deten��es. Um grande j�ri do condado de St. Louis dever� decidir se o policial Darren Wilson, de 28 anos, respons�vel pela morte de Michael, ser� processado. At� o momento, ele foi apenas suspenso de suas fun��es.